Tecnologia
31/08/2018 11:52 - Modelo de ‘clique e retire’ atrai novos públicos
Antes distante da realidade brasileira, o conceito clique e retire já é utilizado por 20% dos usuários online, tornando-se um trunfo para os varejistas acelerarem a integração entre os canais de venda e fisgarem os consumidores que estão se familiarizando com o mundo digital.
O dado faz parte de um estudo realizada pela agência especializada em pesquisa de mercado MindMiners. “A possibilidade do cliente comprar no e-commerce, ou marketplace, e retirar no mesmo dia em algum ponto físico aumenta a sensação de segurança de que o produto vai ser entregue. Além disso, a redução no tempo da entrega também traz alívio para o usuário”, afirmou a diretora de marketing da empresa, Danielle Machado.
Para a executiva, um dos grupos que mais tem aderido ao hábito de compras online são os indivíduos acima de 60 anos. “O percentual de idosos que compram produtos online está crescendo, sobretudo com esses mecanismos de retirada na hora da aquisição da mercadoria”, argumentou Danielle, lembrando o segmento do varejo alimentar como um exemplo de “porta de entrada” dessa faixa-etária no canal digital.
Segundo o estudo, a frequência de compras virtuais é maior entre os usuários pertencentes à classe A, com maior concentração na Região Sudeste e maiores de 40 anos. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito correspondem por 53% de todo o volume de vendas online.
Outro ponto mencionado pelo levantamento é o local preferido dos compradores online para a retirada do produto. Para 86% dos entrevistados, receber a encomenda em casa ainda é a melhor opção; 15% preferem inserir o local de trabalho para a chegada do item; 12% escolhem os correios ou transportadoras; 10% casa de parentes; 8% na loja física; e, por fim, 3% recolhem a compra na casa de amigos ou vizinhos. “No momento da compra online, um dos desafios do varejista é cruzar as informações com a operação física. Nesse sentido, uma boa estratégia é o lojista realizar parcerias com outras empresas especializadas na logística”, ressaltou Danielle.
Ainda de acordo com a executiva, o modelo de click and collect acaba tendo mais aderência nos grandes centros urbanos e nos grandes varejistas, tendo em vista que os pequenos negócios e as regiões remotas do Brasil carecem de um fator crucial para o funcionamento desse formato: logística de distribuição e frete alto.
Com isso, o estudo releva que, para 44% dos usuários, o fato de não haver a necessidade de pagar frete é o maior motivo para comprar online e optar pela retirada diretamente no ponto físico; 31% valorizam o menor tempo de entrega; 13% priorizam a segurança de receber o produto; e 11% justificam a escolha pela chance de “ver o item e poder trocar na hora.”
Foco nas parcerias
Em linha com o raciocínio de Danielle, o coordenador da consultoria de e-commerce GhFly, Sérgio Eneida, acredita que os consumidores brasileiros estão transformando a mentalidade frente ao hábito de comprar pela internet. “Um segmento com maior desempenho nas vendas online é o mercado de eletrodomésticos. No entanto, temos visto um avanço importante também no setor de alimentos e bebidas”, argumentou o executivo.
Para ele, o investimento no posicionamento online desses grandes players resultará, no médio a longo prazo, num desempenho melhor das operações físicas. Porém, Eneida pondera que as grandes redes de varejo muitas vezes não tem áreas especializadas nessa integração de canais e, por tanto, uma das saídas pode ser o estabelecimento de parcerias com empresas focadas apenas nesse tipo de demanda.
Um dos exemplos de negócios voltados apenas nesses processos é a startup Supermercado Now, que atua na área de entregas de compras de produtos básicos. “Geralmente, as pequenas redes de supermercado demonstram ser bastante inovadoras, mesmo quando não dispõe de capital suficiente para aplicação dessas iniciativas”, afirmou o CEO da Supermercado Now, Marco Zolet.
Assim como citado por Danielle, o CEO da startup também afirma que o número de usuários idosos vem surpreendendo. “Hoje, cerca de 12% da nossa base de clientes é composta por pessoas acima de 60 anos. Além disso, o tíquete médio dessa categoria de consumidor fica acima de R$ 350, enquanto que o restante de consumidores cadastrados gasta em torno de R$ 250”, afirmou Zolet. Porém, ainda de acordo com o executivo, por mais que o percentual de idosos tenha apresentado aumento, a faixa-etária com maior recorrência no consumo online ainda está entre 35 e 45 anos.
Fonte: DCI
Veja mais >>>
29/11/2024 15:39 - 70% dos brasileiros priorizam o self-checkout para finalizar suas compras02/10/2024 14:47 - O que os clientes querem nas compras online de alimentos?
20/08/2024 10:39 - WhatsApp: 79% dos consumidores usam o aplicativo para se comunicar com empresas
05/08/2024 14:25 - Amazon incorpora IA à tecnologia de lojas sem checkout
27/06/2024 09:12 - Na americana Albertsons, conveniência gera fidelidade
20/06/2024 09:04 - Walmart adota etiquetas eletrônicas em 2.300 lojas
18/06/2024 08:51 - Consumidores querem melhores experiências de compra no varejo
31/05/2024 10:34 - Consumidores dão preferência a autoatendimento em Supermercados
31/05/2024 10:20 - WhatsApp: Bretas Supermercados lança loja on-line integrada ao chat de aplicativo
23/05/2024 08:52 - Redes supermercadistas investem cada vez mais no WhatsApp
22/05/2024 09:29 - WhatsApp: Prezunic anuncia novas funcionalidades para compras no app
20/05/2024 16:55 - Atacadão investe em experiência do cliente com novo aplicativo
01/04/2024 10:37 - Auto pagamento em alta: a nova tendência que domina o cenário do varejo
13/03/2024 17:32 - Experiência do cliente: redes investem em carrinhos inteligentes
12/03/2024 17:37 - “Smart Carts representam a direção inovadora para o varejo”, comentou o CEO da Nextop