Tecnologia
15/03/2016 14:44 - Três em cada quatro empresas usam código de barras para gerir produtos
O código de barras deixou de ser visto como ferramenta para agilizar o atendimento a clientes na finalização das compras no caixa. Hoje, três em cada quatro empresas brasileiras que trabalham com a etiqueta usam o mecanismo para rastrear produtos e, principalmente, para fazer a gestão e o controle dos estoques.
No varejo, o índice de importância de utilização do método chega a 85,7%, segundo estudo elaborado pela Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil). Conforme a entidade, a alta demanda pelo uso do sistema representa a maturidade do varejo e do empresariado na questão da automação dos processos internos e de repasses das informações de seus produtos aos clientes.
Guiado pelas tendências atreladas aos novos comportamentos do consumidor, os varejistas se destacaram no levantamento da GS1 Brasil como os mais entusiasmados na utilização do método. "Percebemos que cada vez mais a indústria e o varejo têm de estar preparados para o consumidor que quer estar informado sobre o que está consumindo. Isso está bastante claro e em pleno crescimento", diz a gerente de inteligência de mercado da GS1 Brasil, Marina Ferreira.
De acordo com o levantamento, 86,3% dos produtos que circulam no comércio possuem código de barras, enquanto 87,24% do faturamento no varejo são provenientes de itens que possuem esse sistema de leitura. "No varejo, a utilização dos códigos de barras é bastante difundida, como podemos ver no estudo. O cliente já está acostumado a consultar preços, efetuar pagamentos e passar nos pontos de venda. Agora, ele vai querer obter informações sobre aqueles produtos", explica a gerente.
Marina conta que algumas mudanças na forma como o código de barras é utilizado já proporcionam maior agilidade em processos do varejo no exterior, e também em outros setores no próprio Brasil. "Nos Estados Unidos, algumas redes já dispõem para o cliente o código de barras nas embalagens de frutas e verduras. Isso evita aquele problema no caixa, quando a atendente tem que ver no caderninho o número de cada fruta para aplicar o peso, por exemplo", afirma.
"Aqui no Brasil, até os hospitais têm utilizado pulseiras com códigos de barras como prontuário de pacientes. Toda a informação sobre aquela pessoa está ali, isso facilita a consulta", acrescenta.
Ainda segundo a GS1 Brasil, na gestão empresarial, 80,7% dos empresários consultados acreditam no código de barras como premissa para administração e 90,35% definem que são importantes para as vendas. Já na percepção dos consumidores, a importância da leitura via etiqueta se constata pela facilidade de utilização.
A pesquisa apurou que 92% dos clientes consultam preços de produtos no varejo por esse meio. Como adiantado pela gerente do GS1 Brasil, no futuro, as pessoas entenderão que o código lhes será útil para consultar a validade de produtos (88%), identificação pessoal (83%), informações fornecidas pelo fabricante (80%), rastrear o que consome (73%), ampliar as informações do rótulo do produto (68%).
Gestão de estoques
Quando questionados sobre a utilização do código de barras no controle de estoques, 72% das empresas afirmam fazer uso do sistema de leitura digital para monitoramento. Na logística, o uso do método é ainda maior: 77%. "O código ajuda o empresário a ter um controle maior, certamente. O sistema ajuda a evitar erros de contagens, o que é muito importante principalmente agora durante a crise, em que o estoque não pode ser maior e nem menor do que o necessário".
Rastreabilidade
Cada vez mais reivindicada pelos consumidores, a rastreabilidade dos produtos pode ser a próxima vertente a ser utilizada através do código de barras.
Realidade em outros países, no Brasil o padrão ainda é pouco difundido. "A rastreabilidade é especialmente importante se algo sair errado e produtos alimentícios precisarem ser recolhidos, episódios que têm sido comuns nos últimos anos", diz o presidente da GS1 Brasil, João Carlos de Oliveira.
Para ele, sistemas como o Padrão Global de Rastreabilidade, desenvolvido pelo Processo de Gerenciamento de Padrões Globais GS1 (GSMP) por uma comunidade de mais de 800 empresas da Ásia, Europa e Américas, possibilitam fazer esse acompanhamento e reassegurar aos consumidores que os produtos respeitem completamente seus desejos.
"Existem hoje várias etiquetas e selos que garantem que o item comercializado é resultado de práticas comerciais corretas, autorizadas e sustentáveis", garante.
Oliveira diz que a utilização do padrão global de rastreabilidade permite que empresas possam acompanhar a trajetória e a exata localização de produtos a qualquer momento, em uma escala global. Indiferentemente, segundo ele, de quantas instituições estejam envolvidas ou de quantas fronteiras sejam cruzadas até o produto chegar ao consumidor final. A GS1 Brasil estima que os sistemas estejam difundidos pelo Brasil em até cinco anos.
Veículo: Jornal DCI
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