Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Tecnologia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Tecnologia

23/09/2015 12:33 - Apesar de promissor, mercado de jogos no País ainda é imaturo

Além do console. Mercado ainda resiste à retração macroeconômica com exportações e jogos para celulares; profissionais cobram atenção do governo com educação e políticas públicas.

 

Mesmo jovem e a despeito do baixo crescimento econômico, o mercado de jogos eletrônicos atravessa bom momento: segundo a consultoria Euromonitor, o setor deve avançar 13% ao ano até 2019 - números que colocam o Brasil em terceiro lugar entre os mercados de maior potencial, atrás da Índia e Romênia. Ainda assim, políticas públicas abrangentes e atenção na formação profissional seguem necessárias.

 

"Estamos nos prontificando para possibilitar que o setor de games adquira musculatura para competir com países que veem essa indústria como área estratégica", conta a executiva da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) e gerente executiva do projeto setorial de exportação Brazilian Game Developers (BGD), Eliana Russi.

 

A iniciativa tem apoio da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e permitiu que 48 estúdios apresentassem produtos no exterior desde 2013. Entre elas, a Flux Game Studio, que já firmou contratos com produtoras dos Estados Unidos e da Holanda - compensando assim a queda de pedidos das empresas brasileiras que costumam usar jogos em treinamentos ou processos seletivos.

 

"Nos aproximando da indústria de fora conseguimos acelerar nosso desempenho", afirmou o diretor da Flux, Paulo Luis Santos; segundo ele, a empresa já planeja voos maiores. A alta do dólar é um dos fatores que possibilitariam tal movimento. "Abre uma janela de oportunidades, pois o Brasil fica mais competitivo", explica Eliana - que deve chefiar uma série de encontros entre profissionais brasileiros e estrangeiros ainda este ano: no mês que vem, o foco será o mercado europeu.

 

Mão de obra

 

Apesar de ter crescido 23% em 2014 (de acordo com a Euromonitor) e movimentado cerca de R$ 2,7 bilhões no período, o ecossistema da indústria de desenvolvimento de jogos ainda enfrenta problemas. Para Eliana, o maior deles é a falta de capacidade gestora, sobretudo entre empresas mais novas, que correspondem a 73,4% das brasileiras, de acordo com o 1º Censo da Indústria de Jogos Digitais (IBJD).

 

Um dos coordenadores do censo, e conselheiro da Abragames, Luis Ojima Sakuda, endossa a opinião de Eliane. "A maioria dos desenvolvedores lançam projetos antes de testarem o mercado. Apesar de técnicos, muitos não têm visão de negócios e sofrem com isso na prática", afirma Sakuda.

 

O cenário gera um alto grau de mortalidade entre empresas nascentes e a dificuldade de encontrar mão de obra para projetos complexos. "Muitos dos que tem capacidade acabam indo para fora. Dessa forma, falta gente para cargos específicos", revela Sakuda.

 

Para o desenvolvedor e professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), Francisco Isidro Massetto, tal questão só será resolvida quando a carreira de desenvolvedores receber atenção diferenciada. "Além de um certo preconceito, não há cursos de game design    dados por profissionais do desenvolvimento, mas sim por pessoas de outras áreas, como computação ou cinema", afirmou ele.

 

Pensando nisso, representantes de universidades de cinco estados se uniram para a criação do Conselho Acadêmico de Jogos Digitais. "Sabemos que pode durar anos, mas criar essa carreira é importante", resume Massetto.

 

Políticas públicas

 

Financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e desenvolvido pelo Núcleo de Política e Gestão Tecnológica (PGT) da USP, o 1° Censo da IBJD foi formulado com o intuito de permitir a criação de políticas públicas que contemplem o desenvolvedor. "Um dos aspectos discutidos é a regulamentação do videogame como produto audiovisual", explica Sakuda - dessa forma, estúdios se beneficiariam da Lei Federal 8.885/93, que fomenta iniciativas culturais na área.

 

Segundo Eliana Russi, reuniões envolvendo o BNDES, a Abragames e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), entre outros, já estão ocorrendo.

 

Iniciativas

 

Enquanto isso, a indústria segue criando seus caminhos: "A edição deste ano do Brazilian International Game Festival (BIG Festival) alcançou 2000 profissionais", conta Eliana, uma das organizadoras de encontro de negócios - que em 2015 ocorreu simultaneamente nas capitais paulista e carioca. Para a edição de 2016 já está prevista a criação de uma vertente exclusiva para jogos educativos. "Esse é um grande filão para as empresas brasileiras, que podem negociar com governos", explica Russi.

 

Mais lucrativo ainda é o mercado de games para celulares, considerado "o mais proeminente" pelo Euromonitor. O estúdio Pixtoy e a Xtreme Sports (dona da grife de esportes radicais Red Nose) estão apostando no nicho e devem lançar o primeiro jogo da marca "Vimos no game a oportunidade de aumentar o engajamento dos clientes", afirmou o gerente de marketing da Red Nose, Fabio Brauner, se referindo a popularidade dos smartphones.

 

Outros empreendedores ainda investem em alternativas mais inovadoras. A Dumativa Creative Studios desenvolveu um game com fundos captados através de um financiamento coletivo realizado na internet pelos Castro Brothers, produtores de conteúdo audiovisual para o YouTube e criadores da história que originou o jogo. Já a paranaense Adhoc Games contou com apoio de investidores locais e da incubadora da Sony para levar um de seus produtos para a plataforma PlayStation.

 

Contudo, os riscos de cyberataques crescem a medida que os games se popularizaram no País. O pesquisador de ameaças da Trend Micro, Fernando Mercês, alerta que com o crescimento do modelo de assinaturas, o interesse de hackers aumenta - algo que pode lesar tanto usuários quanto empresas. "As desenvolvedoras devem evidenciar que a segurança é uma responsabilidade compartilhada e incentivar o uso de antivírus", explica o analista.

 

 

 

Veículo: Jornal DCI

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

29/11/2024 15:39 - 70% dos brasileiros priorizam o self-checkout para finalizar suas compras
02/10/2024 14:47 - O que os clientes querem nas compras online de alimentos?
20/08/2024 10:39 - WhatsApp: 79% dos consumidores usam o aplicativo para se comunicar com empresas
05/08/2024 14:25 - Amazon incorpora IA à tecnologia de lojas sem checkout
27/06/2024 09:12 - Na americana Albertsons, conveniência gera fidelidade
20/06/2024 09:04 - Walmart adota etiquetas eletrônicas em 2.300 lojas
18/06/2024 08:51 - Consumidores querem melhores experiências de compra no varejo
31/05/2024 10:34 - Consumidores dão preferência a autoatendimento em Supermercados
31/05/2024 10:20 - WhatsApp: Bretas Supermercados lança loja on-line integrada ao chat de aplicativo
23/05/2024 08:52 - Redes supermercadistas investem cada vez mais no WhatsApp
22/05/2024 09:29 - WhatsApp: Prezunic anuncia novas funcionalidades para compras no app
20/05/2024 16:55 - Atacadão investe em experiência do cliente com novo aplicativo
01/04/2024 10:37 - Auto pagamento em alta: a nova tendência que domina o cenário do varejo
13/03/2024 17:32 - Experiência do cliente: redes investem em carrinhos inteligentes
12/03/2024 17:37 - “Smart Carts representam a direção inovadora para o varejo”, comentou o CEO da Nextop

Veja mais >>>