Tecnologia
07/11/2014 08:46 - Tecnologia da Basf aumenta até 40% da produtividade na cana-de-açúcar
Companhia investe cerca de 469 milhões de euros em soluções tecnológicas para agricultura, 26% do capital destinado à pesquisa e inovação; sistema leva biofábrica móvel a usinas do setor
Santo Antônio da Posse - Diante do cenário de crise no setor sucroenergético, a empresa química Basf desenvolveu um sistema de produção de mudas e formação de viveiros de alta qualidade que melhoram entre 20% e 40% a produtividade dos canaviais.
Além disso, a companhia disponibiliza biofábricas móveis para que o material genético desta cana-de-açúcar seja reproduzido dentro da própria usina. O sistema completo, intitulado Agricultura de Mudas Sadias (AgMusa) tem como objetivo aumentar a longevidade e a produtividade dos canaviais e reduzir a complexidade das operações do setor.
Segundo o gerente de marketing da organização responsável pela AgMusa, Cássio Teixeira, o investimento para aquisição do produto completo varia de acordo com a necessidade do agricultor, mas tem uma média estabelecida entre R$ 22mil e R$ 24 mil por hectare, cerca de R$ 3 mil superior ao desembolso necessário para o início de um canavial comum atualmente .
Melhorias
O gerente de planejamento e desenvolvimento da Usina Alta Mogiana, Luis Augusto Contin, conta que os hectares plantados com este tipo de muda tiveram rápido desenvolvimento e apresentaram mais resistência do que os cultivares convencionais.
"Tinhamos um plantio mecanizado com infraestrutura grande e pesada, que exigia um consumo elevado de mudas e era mais propenso a disseminação de pragas e doenças na lavoura. Então, decidimos buscar parceiros que nos proporcionassem desde mudas pré-brotadas até o plantio efetivo", contextualiza.
Contin destaca que a implantação da AgMusa teve um custo inicial quase três vezes maior do que o de um plantio convencional, porém, os resultados atualmente são notórios.
"Conseguimos dois cortes [de cana] no mesmo ano por conta da tecnologia, coisa que jamais seria possível em um canavial comum. A lavoura ainda suportou melhor os problemas climáticos que aconteceram neste ano, como a seca", completa o gerente da usina.
Dos doze hectares plantados na Usina Alta Mogiana durante a safra 2012/2013, apenas três eram AgMusa. No período seguinte, o plantio aumentou para 240 hectares, dos quais 160 continham a muda de alta qualidade. Para 2014/2015, a expectativa é plantar 1.600 hectares, sendo 700 com a tecnologia da Basf.
A unidade fabril está localizada no município paulista de São Joaquim da Barra e pertence ao grupo de usinas Lincoln Junqueira, que possui faturamento anual de R$ 2 bilhões e capacidade moagem de, aproximadamente, 15,5 milhões de toneladas de cana por ano.
Com o objetivo de implementar viveiros com mudas de alta qualidade e cultivares adaptáveis a regiões climáticas distintas, a Odebrecht Agroindustrial também passou a utilizar a AgMusa.
"Temos nove unidades em cidades nas imediações do Centro-Oeste e foco em produção de etanol, com capacidade de moagem de 36,8 milhões de toneladas. Buscávamos ganhos através das variedades em função do manejo", diz o diretor de Tecnologia Agrícola e Operações da Odebrecht Agroindustrial, Américo Ferraz.
Após a implantação da tecnologia, o diretor conta que houve uma redução de 15 mil hectares em área cultivada e incremento de 45 milhões de litros na produção anual de etanol hidratado.
Logística
Para melhoria na área de logística, a empresa química desenvolveu uma máquina de plantio específica para a muda, comercializada pela companhia de implementos agrícolas DMB, localizada em Sertãozinho, São Paulo. Para o gerente da Usina Alta Mogiana, este tipo de maquinário confere uniformidade à lavoura.
Segundo o executivo da Odebrecht, as plantadoras automatizadas viabilizam um plantio em larga escala com qualidade. "A estrutura é leve, a logística é facilita e necessita de poucas manobras", completa Contin, da Alta Mogiana.
Sanidade
Em relação ao manejo da AgMusa, a Basf recomenda o cultivo associado ao de soja ou amendoim, chamado de método interrotacional ou Meiosi, como uma medida sanitária a na lavoura.
"A rotação de culturas reduz a pressão de pragas e contribui para a sustentabilidade do canavial", enfatiza Teixeira, gerente da Basf. A aplicação desta medida garante a sanidade contra doenças como o raquitismo e a escaldadura. De acordo com empresa, a Meiosi pode proporcionar ganhos de produtividade adicionais além dos 40% estimados e benefícios relacionados ao solo.
Outro diferencial do sistema é a aceleração na implantação de novos tipos de cultivares. O processo passa de seis para três anos até que se chegue ao uso comercial. Os estudos da AgMusa começaram em 2009.
Veículo: DCI
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