Tecnologia
25/08/2014 12:23 - Sofisticada, impressora 3D agora pode chegar às pequenas empresas
O que já era uma realidade dentro das grandes indústrias, como a de aviação e automóveis, agora já começa a chegar também às pequenas empresas em setores como o comércio, consultórios odontológicos e até fabricantes de bijuterias. As possibilidades são inúmeras e vão desde a produção de artigos como capinhas de celular, anéis, brincos, utensílios domésticos até mesmo moldes ortodônticos para aparelhos dentários, facilitando a vida de dentistas e pacientes.
Hoje, uma máquina mais barata pode ser comprada por cerca de R$ 5,5 mil e pode ser usada em qualquer setor, segundo a gerente de vendas da Robtec, Andréia Cavalli. "A proposta sempre foi dar mobilidade a essas máquinas, para que os benefícios cheguem a todos, incluindo os pequenos e médios negócios", disse a executiva.
Criada em 1995, a companhia brasileira teve tanto sucesso no fornecimento de maquinário 3D no País que acabou chamando atenção da norte-americana 3D Systems. Em abril, a gigante mundial do setor adquiriu 70% de participação na Robtec e até o final do ano elas terão concluído a fusão, sob o nome 3D Systems. Atualmente, a Robtec mantém escritórios na China, Argentina, Chile, Uruguai e México.
Os produtos impressos nesses equipamentos são feitos à base de polímeros (plástico), que já podem ir do ponto de venda para as mãos do cliente final.
Além disso, as máquinas 3D podem ser utilizadas também para moldes de testes nos setores de movelaria planejada, bem como em escritórios de arquitetura e engenharia que produzem maquetes. Fabricantes de brinquedos que precisam avaliar o molde físico antes da montagem final de suas peças ou empreendedores que manufaturam modelos de óculos também estão entre aqueles que podem ser beneficiados por toda essa tecnologia a cada dia mais acessível.
Design
A tecnologia desse tipo de equipamento é tamanha que foi escolhida para compor um moderno conceito em uma ação de marketing, envolvendo a montadora Fiat, o escritório de design Questto|Nó e a agência digital Click Isobar. Juntas, as empresas procuraram a Robtec no início do ano para tocar uma campanha. Batizada de Live Stream, a ideia foi desenvolver uma espécie de capacete de plástico, fabricado em 3D, que embarcasse conexão de internet wi-fi, câmera HD e headphones.
A peça visava mostrar, em tempo real e individualmente, os modelos Fiat para consumidores on-line, como se essas pessoas estivessem frente a frente com um automóvel da montadora italiana. O conceito denominado de hiper-realidade tinha prazo de 90 dias para ser realizado, mas foi entregue antes do prazo para a ação, conforme explica o executivo do escritório de design, Levy Girardi
Segundo ele, depois de desenhar um esboço do capacete, os envolvidos levaram a ideia, denominada de My Stream, para a Robtec e conseguiram fabricar um produto único. "Isso porque não havia moldes com as especificações ergonômicas que queríamos e nas cores que somente máquinas de impressão 3D permitiriam. Ainda mais em baixa escala, com apenas 20 unidades", afirma Girardi.
Aplicação industrial
Para o vice-presidente de vendas da 3D Systems, Gregory Elfiring, a aplicação da impressão 3D cresceu tanto no mercado mundial, porque se deu inicialmente em setores industriais de grande relevância e que necessitam de especificidades em termos de tecnologia. Ele dá como exemplo a produção de dutos aeroespaciais. Neste caso, a demanda por detalhes tão precisos revolucionou o transporte do combustível de aviação dos tanques, nas asas das aeronaves, para os motores a jato, como nos modelos da fabricante americana Boeing. A peça foi simplificada e elevou a vida útil de componentes internos de aeronaves feitos de fibra de carbono.
"Antes um duto de 30 centímetros de comprimento era montado com mais de 30 peças, entre parafusos, braçadeiras e chapas, que formavam as paredes de metal e mantinham a peça completa, como um quebra cabeça. Após a fabricação desses componentes em grandes máquinas de impressão 3D, 30 peças se tornam uma. Custa mais caro para fabricar, mas pode economizar na vida de um jato cerca de US$ 600 milhões em combustível, dependendo do tamanho do jato."
Esses dutos lidarão com ar frio, combustível de aviação e fluidos de motor e sofrem muito desgaste para depender de 30 emendas.
Outro projeto citado pelo executivo, que só pôde ganhar vida graças à impressão 3D, é o Project Ara do Google, que propõe a montagem de celulares modulados. As máquinas necessárias para aplicação industrial partem de US$ 200 mil e podem chegar a US$ 2 milhões.
Veículo: DCI
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