Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 





Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Tecnologia

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Tecnologia

11/07/2014 08:56 - Com R$ 4 bi, B2W vira o jogo

Há cerca de três anos, a B2W vivia a pior fase de sua história. A dona dos sites Americanas.com e Submarino encarava o fracasso de um apagão logístico em pleno Natal de 2010. O índice de reclamações em todos os seus sites bateu recorde. A imagem de suas marcas foi duramente afetada. Em 2011, a B2W perdeu 70% de seu valor de mercado, havia desconfiança no setor quanto à capacidade de reação da companhia, que chegou ao fim de 2012 com prejuízo recorde, de R$ 170 milhões.

A atual B2W vem tentando se distanciar daquela. Com recursos de empréstimos e debêntures, entre outras fontes, foram investidos R$ 700 milhões na operação em 2013 e analistas ouvidos estimam que serão mais R$ 600 milhões a R$ 700 milhões em 2014. É o dobro do desembolsado há três anos. Entre abril de 2013 e junho de 2014, gastou R$ 260 milhões em cinco aquisições - chegou a comprar pelo menos dois negócios que prestavam serviços para rivais. Em apenas um mês (outubro de 2013), abriu três centros de armazenagem e nos últimos 12 meses, contratou 600 engenheiros.

O Valor apurou com fonte próxima à B2W que os controladores, os mesmos sócios da Lojas Americanas, projetam volta ao lucro trimestral até o fim de 2015 (ela dá prejuízo desde o terceiro trimestre de 2010) e expansão em receita líquida de 25% a 35% nos próximos três anos. É uma taxa acima da previsão do setor, de 20% em média. "Um dos esforços é crescer nesse ritmo sem que custos subam nas alturas, de duas a três vezes [a alta na]

receita, como em outros anos. É fazer ganho de escala trabalhar para a empresa", disse um consultor próximo à empresa. Procurada, a companhia não deu entrevista.

Um fato novo tem peso nessas projeções: nunca a B2W teve tanto dinheiro disponível para tentar entrar nos eixos. São quase R$ 4 bilhões previstos (eram R$ 110 milhões em caixa no início do ano), sendo R$ 2,38 bilhões em aumento de capital a ser concluído neste mês e R$ 1,46 bilhão em empréstimo do BNDES (os recursos são liberados à medida que os projetos avançam). Com a capitalização, o fundo Tiger Global se torna sócio minoritário na companhia.

Desde o anúncio do crédito do BNDES, na segunda-feira, as ações da B2W subiram 7%, atingindo ontem R$ 30,66. Com o Tiger dando claros sinais de aposta na empresa, o papel disparou 123% em 2014, maior alta do ano (Índice Brasil 100), com ajuste posterior das corretoras no preço-alvo do papel. "Eles saíram do sufoco e agora isso dá fôlego extra. Os donos estão dizendo ao mercado: 'Nós estamos no jogo", disse Sérgio Nóia, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo.

Em seu último relatório, a equipe do UBS prevê lucro já no quarto trimestre de 2014. "Pressões financeiras devem ser muito reduzidas [com a capitalização] num momento em que as operações ganham forte impulso", afirmou Gustavo Oliveira, do UBS. "Despesas operacionais na empresa crescem num menor ritmo em função da melhora operacional. No médio prazo, [B2W] deve dar início a um ciclo de resultados positivos", escreveu Maria Paula Cantusio, analista do BB Investimentos.

Números do balanço de janeiro a março mostram alta de 33,2% na receita, com despesas operacionais subindo 25,9% e prejuízo liquido em queda de 5,7%.

Mesmo dentro dessa mudança de percepção, analistas têm feito ressalvas. A B2W é dependente de capital para investimentos, pois está num setor que demanda recursos. E a empresa, criada há oito anos, ainda é vista como uma companhia em construção. Essa necessidade de recursos deve continuar alta nos próximos anos. A soma de investimentos bateu em quase 12% das vendas em 2013 - o mercado considera adequado um percentual de 3%.

"Não são apenas investimentos em tecnologia ou distribuição que cresceram tanto. Despesas em marketing subiram assustadoramente para empresas como a B2W", disse Mariano de Faria, CEO da Vtex, empresa que presta serviços para companhias da área. "Grandes varejistas on-line consomem altos volumes de caixa, por causa do custo financeiro e da terceirização de áreas. Mesmo com os fortes investimentos, acho difícil esperar virada de resultados tão rápida", disse Roberto Wajnsztok, co-foundador da consultoria OriginV. Na análise de Oliveira, do UBS, é preciso levar em conta ainda que algumas decisões de investimento, como aquisições, feitas pela B2W em 2013, não têm "efeito transformador" a curto prazo.

Especialistas ainda ressaltam que a companhia planeja abrir mais sete centros de distribuição até o fim de 2015 - e foram três novos em 2013. "O equilíbrio dos estoques em função desse aumento deverá ser um desafio para a empresa a médio prazo", diz Maria Paula, do BB. Quanto mais centros, maior o risco de aumento indesejado de estoques.

Uma piora no nível de competição do setor a curto prazo também tem sido considerado pelo meraco, já que pode pressionar rentabilidade (a margem bruta da B2W caiu de 24,4% de janeiro a março de 2013 para 24,2% neste ano). A B2W não foi a única que recorreu a novas formas de se capitalizar para ganhar mercado. Nova Pontocom, do Grupo Pão de Açúcar, anunciou em maio a união de suas operações com a CDiscount, companhia de varejo on-line do Casino. A empresa resultante poderá captar cerca de US$ 2,5 bilhões na Nasdaq, bolsa de grupos de tecnologia nos EUA. O Mercado Livre vai emitir US$ 300 milhões em títulos no exterior e mais da metade dos recursos serão aplicado no Brasil.



Veículo: Valor Econômico

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

29/11/2024 15:39 - 70% dos brasileiros priorizam o self-checkout para finalizar suas compras
02/10/2024 14:47 - O que os clientes querem nas compras online de alimentos?
20/08/2024 10:39 - WhatsApp: 79% dos consumidores usam o aplicativo para se comunicar com empresas
05/08/2024 14:25 - Amazon incorpora IA à tecnologia de lojas sem checkout
27/06/2024 09:12 - Na americana Albertsons, conveniência gera fidelidade
20/06/2024 09:04 - Walmart adota etiquetas eletrônicas em 2.300 lojas
18/06/2024 08:51 - Consumidores querem melhores experiências de compra no varejo
31/05/2024 10:34 - Consumidores dão preferência a autoatendimento em Supermercados
31/05/2024 10:20 - WhatsApp: Bretas Supermercados lança loja on-line integrada ao chat de aplicativo
23/05/2024 08:52 - Redes supermercadistas investem cada vez mais no WhatsApp
22/05/2024 09:29 - WhatsApp: Prezunic anuncia novas funcionalidades para compras no app
20/05/2024 16:55 - Atacadão investe em experiência do cliente com novo aplicativo
01/04/2024 10:37 - Auto pagamento em alta: a nova tendência que domina o cenário do varejo
13/03/2024 17:32 - Experiência do cliente: redes investem em carrinhos inteligentes
12/03/2024 17:37 - “Smart Carts representam a direção inovadora para o varejo”, comentou o CEO da Nextop

Veja mais >>>