As operadoras de telecomunicações estão apostando no serviço de pagamentos móveis pré-pagos para fidelizar os clientes da sua base que não possuem acesso a conta bancária, assim aumentando a receita gerada por cada usuário da sua base.

Depois de na segunda-feira a Oi anunciar, em parceria com o Banco do Brasil, o lançamento do Oi Carteira, voltado ao segmento, ontem foi a vez de a Telefônica Vivo anunciar o Zuum, serviço oferecido pela Mobile Financial Services (MFS), joint venture formada pela Telefónica International e a MasterCard Worldwide.

No caso do serviço da Oi, que permite realizar transferência de valores entre os clientes, além de recargas e saques, que podem ser feitos por meio de um cartão nas agências do banco, a solução foi inicialmente ofertada no Rio de Janeiro, mas a perspectiva é a de atingir a Região Nordeste no fim deste mês, e todo o território brasileiro até o fim do ano.

De acordo com Noela Schiavone, gerente de produtos de bancarização da Oi, dos 40 milhões de usuários da base pré-paga da operadora, 10 milhões são o público-alvo do produto, por não possuírem conta em banco. Noela diz que ao agregar esse serviço, isso gera valor para cliente, o que proporciona a fidelização. "Nós estamos imaginando que esses produtos estão dando valor para o chip [da Oi]", disse. "Então imaginamos sim a fidelização."

Já no caso da Telefônica Vivo, de acordo com Marcos Etchegoyen, diretor presidente da MFS, a companhia esperar encerrar o ano com 200 mil usuários ativos do serviço. O serviço está disponível em cinco cidades do interior de São Paulo - Osasco, Mogi das Cruzes, Jundiaí, Sorocaba e Guarulhos -, além de Belo Horizonte. A empresa esperar até 2014 alcançar abrangência nacional.

As transações serão cobradas, mas o usuário receberá em troca bônus de minutos para usar no celular na equivalência da taxa paga, o que ajuda a fidelizar, de acordo com Paulo César Teixeira, diretor-geral da Telefônica Vivo. "Nós vamos dar retribuição [para o usuário] na forma de bônus, que ele vai usar, e criar uma fidelização para nós", afirmou.

As empresas esperam que haja crescimento na competição no segmento de pagamentos móveis pré-pagos. "É bom que eles [concorrentes] venham, porque quanto mais se fala disso, mais fomenta o mercado", disse o diretor presidente da MFS. "Achamos que a competição é superpositiva", complementou a gerente de produtos de bancarização da Oi, ressaltando que isso é positivo para o usuário do serviço, que acaba tendo mais opções no segmento de pagamentos.



Veículo: DCI