Tecnologia
17/01/2013 11:12 - Vendas on-line devem crescer 25% em 2013, prevê e-bit
Retomada do crescimento econômico e aceleração das vendas de dispositivos móveis alavancam faturamento do setor .
As vendas on-line devem crescer 25% neste ano em relação a 2012, de acordo com previsão da e-bit, empresa especializada em informações do setor. Um levantamento divulgado ontem mostra que o e-commerce brasileiro deve faturar R$ 28 bilhões em 2013, em função da retomada do crescimento econômico e da aceleração das vendas de dispositivos móveis como tablets e smartphones.
A diretora de negócios da e-bit, Cris Rother, acredita que mais brasileiros vão aderir aos dispositivos móveis em razão da redução dos preços, conforme aponta o índice Fipe/Buscapé, e pela maior oferta de pacotes de banda larga com valores mais acessíveis. "A cada ano vemos maior adesão dos brasileiros a dispositivos móveis. Somente em 2012 a queda de preços dos celulares em comparação a 2011 foi de 13,41%", explica Cris Rother.
Ela avalia que o crescimento da classe C também deve contribuir para o aumento do faturamento do setor já que, aproximadamente, 56% dos novos entrantes pertencem a esse grupo. Por outro lado, o endividamento das famílias pode prejudicar as vendas on-line. "Em novembro, por exemplo, 59% das pessoas disseram estar endividadas, sendo que e 6,8% declararam que não terão como pagar as dívidas, o que acaba refletido também no e-commerce. Caso esse endividamento fosse menor, o e-commerce poderia crescer ainda mais", disse.
Cris Rother afirma que a aposta deste ano está focada na venda de televisores, puxada pela Copa das Confederações. "Vimos em 2010 um movimento muito forte na venda de eletrônicos, especialmente TV’s de LED e tela fina, por conta da Copa do Mundo. Em 2013, teremos a Copa das Confederações, o que pode antecipar essa renovação dos aparelhos visando a Copa de 2014", analisa diretora da e-bit.
Varejo - Os preços no varejo on-line aceleraram a queda em dezembro, de acordo com índice desenvolvido pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e com a Íconna Monitoramento de Preços no E-commerce. No mês passado, o e-Flation registrou deflação de 2,8%, recuo de 2,2 pontos porcentuais em relação a novembro (-0,6%). Na comparação com dezembro de 2011 houve redução de 2,3 pontos.
O indicador tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados on-line, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.
Oito categorias contribuíram para a deflação no período: eletrodomésticos (-1,04%), informática (-1,01%), medicamentos (-0,24%), cine e fotos (-0,22%), livros (-0,18%), telefonia e celulares (-0,17%), brinquedos (-0,06%) e eletroeletrônicos (-0,01%). Apenas duas registraram aumento de preços: CDs e DVDs (+0,01%) e perfumes e cosméticos (+0,13%).
Entre janeiro e dezembro o índice registrou deflação de 8,4%, sendo que quase todas as categorias tiveram queda ao longo do ano. Em 2011, o e-Flation teve deflação de 5,7%.
"Encerramos 2012 com a identificação de muita cautela no comportamento do consumidor, que pesquisou muito mais antes da compra durante todo o ano passado. O que facilitou a competitividade das empresas neste segmento e segurou a inflação destes produtos", acredita Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/FIA.
O e-Flation é avaliado a partir da segunda quinzena do mês anterior à primeira do mês em referência. Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são aqueles que, sendo os mais anunciados entre os sites mais procurados, resultam no que se chama de "campeões de vendas".
Ranking - Um estudo da consultoria italiana Translated projeta que o mercado brasileiro de vendas on-line será o quarto maior do mundo em 2016. Segundo o estudo, o mercado nacional vai ultrapassar o tamanho da França, do Reino Unido e da Alemanha ao longo dos próximos anos.
De acordo com a pesquisa intitulada "T Index", o Brasil terminou 2012 com 3,1% do movimento mundial feito pela internet. Com essa participação, o país figura em sétimo no ranking global, à frente da Rússia (8º), Coreia do Sul (9º) e da Itália (10º). Os primeiros do ranking são os Estados Unidos, a China e o Japão.
A consultoria prevê que o mercado brasileiro alcance participação de 4,3% do e-commerce mundial em 2016. Com essa fatia, o Brasil estará à frente da Alemanha, que deve terminar o ano da Olimpíada no Rio de Janeiro com 3,9%. Atualmente, os alemães giram 4,6% do e-commerce mundial. A redução dessa fatia não aconteceria pela piora dos resultados da Alemanha, mas pelo crescimento mais acelerado dos outros mercados.
Segundo o estudo, a China será o maior mercado mundial de vendas on-line com 20,1% do movimento global em 2016. Em seguida, aparecem Estados Unidos (15,6%) e Japão (4,6%). Após o quarto lugar do Brasil, estarão a Alemanha, Rússia (3,6%) e França (3,2%). (AE)
Veículo: Diário do Comércio - MG
Veja mais >>>
29/11/2024 15:39 - 70% dos brasileiros priorizam o self-checkout para finalizar suas compras02/10/2024 14:47 - O que os clientes querem nas compras online de alimentos?
20/08/2024 10:39 - WhatsApp: 79% dos consumidores usam o aplicativo para se comunicar com empresas
05/08/2024 14:25 - Amazon incorpora IA à tecnologia de lojas sem checkout
27/06/2024 09:12 - Na americana Albertsons, conveniência gera fidelidade
20/06/2024 09:04 - Walmart adota etiquetas eletrônicas em 2.300 lojas
18/06/2024 08:51 - Consumidores querem melhores experiências de compra no varejo
31/05/2024 10:34 - Consumidores dão preferência a autoatendimento em Supermercados
31/05/2024 10:20 - WhatsApp: Bretas Supermercados lança loja on-line integrada ao chat de aplicativo
23/05/2024 08:52 - Redes supermercadistas investem cada vez mais no WhatsApp
22/05/2024 09:29 - WhatsApp: Prezunic anuncia novas funcionalidades para compras no app
20/05/2024 16:55 - Atacadão investe em experiência do cliente com novo aplicativo
01/04/2024 10:37 - Auto pagamento em alta: a nova tendência que domina o cenário do varejo
13/03/2024 17:32 - Experiência do cliente: redes investem em carrinhos inteligentes
12/03/2024 17:37 - “Smart Carts representam a direção inovadora para o varejo”, comentou o CEO da Nextop