O comando do braço de comércio eletrônico do Grupo Pão de Açúcar trabalha com a possibilidade de que a Nova Pontocom ultrapasse a rival B2W ao final de, no máximo, dois anos. Internamente, a companhia comenta a hipótese de que isso seja alcançado antes de 2014 por conta do ritmo de crescimento esperado para o negócio, previsto para ser maior que o da concorrente, apurou o Valor.

A atenção maior ao desempenho da Nova Pontocom, formada pela operação online de Casas Bahia, Ponto Frio, Extra e Atacado Ponto Frio, cresceu entre analistas de mercado desde o ano passado, quando a companhia passou a crescer de forma mais acelerada do que a B2W, que inclui a operação de sites como Americanas.com, Submarino e Shoptime. Até setembro passado, a B2W apurou vendas brutas de cerca de R$ 3,4 bilhões e relatórios de análise de corretoras prevêem que a soma varie de R$ 4,5 bilhões a R$ 4,6 bilhões em 2011. Na última sexta-feira, a Nova Pontocom informou que obteve receita bruta de R$ 3,5 bilhões no ano passado.

O último relatório da equipe de análise do Raymond James a respeito do Grupo Pão de Açúcar já levanta a questão de alterações na liderança do varejo online no país.

"Ao final de 2011, a Novacom deveria estar somente 30% menor que a B2W", escreve Daniela Bretthauer, analista de consumo e varejo do Raymond James, em relatório entitulado "Buy CBD and get Nova.com for free".

Daniela já considera a possibilidade de que, no ano de 2014, a Nova Pontocom esteja na liderança.

Números publicados pelo GPA mostram que o varejo online cresce num ritmo seis vezes superior às lojas físicas. As vendas brutas no conceito mesmas lojas da Viavarejo (ex-Globex) avançaram 8,4% no quarto trimestre. Este crescimento foi composto pelo aumento de 4,9% nas lojas físicas e de 31,5% na Nova Pontocom (só o comércio eletrônico cresceu 40,4%, excluindo-se o atacado). As vendas brutas da B2W caíram 1% no terceiro trimestre e cresceram 4,3% no acumulado até setembro. (AM)

Veículo: Valor Econômico