Tecnologia
14/12/2010 10:49 - Natal injetará R$ 2,2 bilhões no comércio 'on-line' este ano
Shoppings lotados, estacionamentos sem vagas e falta de tempo são alguns dos aspectos que justificam o aumento no número de compras realizadas pela internet. De acordo com a e-bit, especializada em e-commerce, o comércio eletrônico brasileiro deve crescer 40% no Natal deste ano, se comparado ao mesmo período de 2009. A data comemorativa contribuirá com R$ 2,2 bilhões de faturamento para o varejo on-line no período entre 15 de novembro e 24 de dezembro. "O crescimento das vendas se deve a diversos aspectos: comodidade, ascensão da classe C, que agora tem acesso ao crédito, condições de pagamento e parcelamento oferecidas e preços mais competitivos e abaixo dos que se encontram nas lojas físicas", justifica o diretor de Marketing da consultoria e-bit, Alexandre Umberti.
Segundo Francisco Medeiros, consultor de e-commerce e professor da Universidade São Judas, atualmente, temos um tíquete médio na casa dos R$ 300 nas vendas on-line, e de R$ 90 em lojas físicas - número este que atrai amplamente diferentes investidores. "O e-commerce é uma realidade em franca expansão, e empreendedores já notam a força do segmento", diz.
Um dos fenômenos que representam bem a importância do setor e suas diferentes possibilidades é o surgimento de endereços eletrônicos para compras coletivas. O aumento de vendas on-line registrado pelos sites de compras desta modalidade, segundo números divulgados pela Ibope Nielsen Online, atingiram 5,6 milhões de usuários em um único mês. Este movimento, ainda novo no País, foi puxado por jovens internautas de 25 a 34 anos, que representam 38,3% deste mercado, avalia José Calazans, analista do Ibope Nielsen Online.
Um dos sites mais tradicionais nesta modalidade, o Peixe Urbano, que foi o primeiro a trazer para o Brasil o conceito norte-americano de compras coletivas, acompanhou o crescimento divulgado pela pesquisa. Segundo Júlio Vasconcellos, sócio diretor da empresa, "o ritmo de crescimento e os números expressivos do mercado de compras coletivas no Brasil demonstram o potencial desta ferramenta de promover o e-commerce brasileiro, trazendo benefícios tanto para os prestadores de serviços locais quanto para os consumidores."
O sucesso do Peixe Urbano é parecido com o estouro do Group On, o maior site de vendas coletivas americano. Hoje, o GroupOn está presente em 26 países e tem expectativa de faturamento anual de cerca de US$ 500 milhões em 2010.
"Mapeamos o perfil do cliente para encontrar produtos e serviços interessantes e trabalhar em conjunto com o parceiro para veicular a marca GroupOn. Em um dia, trazemos mais de 600 novos clientes para uma pequena empresa, por isso a ferramenta funciona tão bem e está crescendo", diz Daniel Funis, sócio diretor do GroupOn no Brasil.
Empreendedorismo
Todo este crescimento também representa uma oportunidade de ampliar os negócios ou apostar em uma nova forma de venda. Para Dailton Fellipini, especialista em e-commerce, os números mostram o potencial comercial que o mercado tem. De acordo com ele, o varejo virtual representa uma nova forma de ganhar dinheiro. "Essa modalidade de venda é viável ao empreendedor", afirma.
Ele explica que para apostar na ferramenta virtual é preciso adotar alguns critérios. "Vale usar sua bagagem cultural, procurar áreas de atuação que tenha intimidade e, ao navegar pela internet, perceberá que é possível encontrar todas as ferramentas necessárias para estruturar seu próprio negócio. Às vezes um hobby pode se transformar em uma atividade comercial. O consumidor está dizendo para o mercado que gosta de comprar pela internet", alerta.
O fato é que as ferramentas estão disponíveis mesmo. A Maxihost nada mais é que um data center que conta com uma plataforma de comércio eletrônico totalmente estruturada. E a demanda é grande. A empresa, que em 2009 contava com cerca de 4 mil clientes, cresceu 40% este ano e trabalha com uma perspectiva positiva para os próximos 4 anos.
"O aumento contínuo do acesso à internet somado ao fato de a compra on-line estar se tornando um hábito e à falha do conceito de megastore que temos no País, impulsionam o mercado eletrônico, que ainda tem muito que crescer", justifica o diretor comercial da empresa, Eduardo Alberto.
Com atuação no mercado desde 2000, a empresa tem como foco principal a oferta de lojas virtuais já estruturadas. Ou seja, eles vendem sites prontos, basta o empreendedor customizar o endereço da forma que achar melhor. "É possível dar identidade ao seu negócio, pois disponibilizamos variação de layouts, temos logos que se adaptam a cada modalidade: o cliente pode alterar cores, design, painel de controle e existem alternativas para incluir produtos novos ao seu negócio", afirma o executivo.
Veículo: DCI
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