Fomentar a cooperação das empresas e entidades é um dos focos do planejamento de 2008 a 2010, do arranjo produtivo local (APL) do governo do Estado de Minas Gerais.

Os arranjos produtivos locais são concentrações geográficas de empresas de um mesmo segmento ou em um mesmo complexo industrial que funcionam como rede de indústrias onde se trabalha de forma cooperada, com tecnologias de produção flexíveis. Existe também a articulação com órgãos de governo, entidades representativas do empresariado, instituições de crédito, de ensino e de pesquisa.

O APL tem como objetivo aumentar o faturamento das empresas e da indústria de software da Região Metropolitana de Belo Horizonte, ampliando o acesso aos mercados local, nacional e internacional, gerando empregos de alta qualificação.  formado por aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação entre governo, associações empresariais, instituições de crédito e pesquisa.

O projeto, por meio das entidades do setor de tecnologia da informação, investe na realização de feiras, cursos, treinamentos em empresas de micro e pequeno portes, sendo cada entidade, entre elas a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro), Sociedade Mineira de Software (Fumsoft), Sindicato das Empresas de Informática (Sindinfor) e Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações (Sucesu), encarregadas por uma parte do projeto.

As ações aprovadas para o APL de Software estão divididas em áreas que visam aumentar o nível de capacitação em qualidade e produtividade, proporcionando a obtenção de certificação, promover a internacionalização do setor, facilitar o acesso ao capital, promover a comunicação e o marketing, aumentar o nível de capacitação em gestão e tecnologia, promover a inteligência competitiva setorial, aumentar o nível de conhecimento sobre o APL da Indústria de Software de Belo Horizonte, aumentar a interação com universidade, aumentar a articulação junto ao poder publico, fomentar alianças e parcerias estratégicas entre as empresas, atuar de forma transversal, junto a outras cadeias produtivas, fomentar a formação de recursos humanos de alto nível para o setor em consciência com as necessidades das empresas, além de fomentar a cooperação entre empresas e entidades.

Gestão - Dentro da ação de responsabilidade da Sociedade dos Usuários de Computadores e Equipamentos Subsidiários (Sucesu-MG), que visa aumentar o nível de capacitação, foi lançado o MBA em Gestão Empresarial para os empresários do setor de TI. O Programa de Capacitação em Gestão da Competitividade do APL de Software de Belo Horizonte e Viçosa se concretiza através de um MBA de Gestão Empresarial, com 360 horas de duração, ministrado pelo Núcleo de Pós-Graduação da Faculdade Pitágoras. O curso terá a duração de 12 meses e é constituído essencialmente de atividades presenciais.

As empresas passam, inicialmente, por um processo de diagnóstico organizacional, como se fosse tirada uma fotografia de seu estágio atual em termos de gestão. Em seguida, o curso é ministrado e, ao final, aplicado um novo diagnóstico organizacional, uma nova "fotografia" para atestar os efeitos práticos do Curso. Durante a capacitação, além das aulas convencionais, os participantes passarão por seminários, jogos empresariais e, ainda, receberão uma consultoria in company, para ajudá-los a implantar, em sua empresa, os conceitos aprendidos.

O jogo competitivo nacional e mundial é cada vez mais seletivo. Somente as empresas que adotam as melhores práticas de gestão e de produção são elegíveis para participar desse "jogo". Assim, a capacitação é um sinalizador para o mercado, brasileiro e internacional, de que as empresas mineiras, em termos de gestão, ombreiam com as de classe mundial. "Muitas empresas surgiram e são comandadas por pessoas que conhecem da produção, mas não tiveram oportunidade de se aprimorar na gestão. Para sobreviver e destacar-se no mercado, atualmente, não basta mais ôconhecer do negócio (competência técnica).  preciso saber ôadministrar o negócio (competência gerencial). Portanto, não cabe mais amadorismo na gestão de empresas, ainda que pequenas, pois há lugar para todas no mercado nacional e internacional. Desde que sejam geridas profissionalmente", ressalta o professor do MBA, Lúcio Fonseca.

Mortalidade - Todas as pesquisas indicam: a maior causa de mortalidade das empresas não é "a crise", a falta de recursos, a concorrência, mas, simplesmente, "as deficiências" de gestão. Com esta ação, o governo do Estado integra um conjunto de empresas que, até então, operavam de forma isolada, viabilizando para as mesmas oportunidades ampliadas de negócios.

Com a Capacitação em Gestão da Competitividade, fomenta-se o aprimoramento e a sintonização das empresas mineiras com as melhores práticas mundiais. Tudo isto de forma subsidiada, fazendo com que a contrapartida de cada empresa, para pagamento do processo, seja uma fração do que pagaria por um MBA convencional.

"O MBA trará um grande diferencial competitivo para os empresários de Viçosa, que poderão contar com a experiência dos professores do Pitágoras para aprimorar as competência em gestão, pois o sucesso das empresas exige muito mais que o conhecimento técnico para a produção, onde somos especialistas", afirma o diretor da Assespro Viçosa, Paulo Márcio.

A metodologia do curso, proposta pela Sucesu-MG e em especial pelo professor Lúcio Fonseca, possui um enfoque bem prático, completamente aplicável à realidade de cada empresa. E para garantir a efetividade deste processo, o curso inclui consultorias às empresas, garantindo que o conhecimento se transforme efetivamente em produtividade e competitividade.  por esta inovação e completude desta metodologia que os empresários estão motivados para se capacitarem e garantirem uma gestão de sucesso em suas empresas, completa Paulo.

O Programa de Capacitação em Gestão da Competitividade do APL de Software tem o horizonte previsto de quatro anos, com a capacitação de um mínimo de 20 empresas/ano. Em 2008, o programa se inicia ultrapassando esta meta, pois são 30 as empresas em processo de capacitação Ú 22 de Belo Horizonte e 8 de Viçosa. Em 2009, 2010 e 2011, espera-se capacitar pelo menos 60 novas empresas, no total.

Importante ressaltar que o PCGC é exclusivo para empresas desenvolvedoras de software e/ou prestadoras de serviço nesta área, com matriz na grande BH ou em Viçosa. As aulas já iniciaram, mas ainda é possível fazer matrícula, para as pouquíssimas vagas existentes. O contato é através de secretaria@sucesumg.org.br.

Veículo: Diário do Comércio - MG