Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Jurídico

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Jurídico

14/04/2015 12:10 - Para juristas, Cortes Superiores não podem ser instância de correção ou revisão

Celebrado como importante avanço por boa parte da comunidade jurídica, o novo Código de Processo Civil (CPC), que passa a vigorar em março de 2016, também exige reflexão quanto à aplicação das mudanças trazidas. O alerta foi feito pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otávio de Noronha, que revelou, em evento no tribunal, sua maior preocupação: não instituir, no Brasil, uma “terceira instância recursal”.

 

A reforma do código foi discutida no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao longo desta segunda-feira (13), no seminário intitulado O Novo CPC e os Recursos no STJ. Durante a tarde, os debates do segundo painel tiveram como tema “Os Recursos nos Tribunais Superiores e as Medidas de Urgência”.

 

O painel reuniu o ministro Noronha, que é também diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além dos professores doutores Luiz Guilherme Marinoni e Humberto Theodoro Júnior. A mediação coube ao ministro Rogerio Schietti Cruz, também do STJ.

 

De acordo com Noronha, em matéria recursal, a reforma do CPC deveria ter trazido modificações mais profundas, para conferir celeridade à Justiça. Em sua concepção, nenhum recurso de apelação deveria ter efeito suspensivo, e o agravo deveria ter sido “abolido”.

 

Ao abordar o tema, o ministro citou também pontos positivos na reforma. Segundo ele, houve um aprimoramento no processo de execução. O código, além disso, “tratou com propriedade a possibilidade de desistência do recurso, ainda que repetitivo”, disse.

 

O sentido do direito

 

“Se examinarmos o CPC à luz da Constituição, saberemos que aqui não se poderá dar a amplitude que, por vezes, se tentou dar ao projeto. Cabe-nos, em última palavra, em última instância, adequar esse código à realidade dos recursos que são levados à apreciação do STJ”, afirmou Noronha. “Algumas pendências (não sanadas com a reforma do CPC) nós vamos resolver com a interpretação construtiva, com a jurisprudência do tribunal”, concluiu.

 

Em sua fala, Luiz Guilherme Marinoni destacou a função atual das cortes superiores. “Não podemos mais ver as cortes supremas como corte de correção ou revisão. Cabe a elas definir qual é o sentido do direito, fazendo acrescer conteúdo à obra vinculante”, garantiu. Para Marinoni, as cortes supremas devem desenvolver o direito e definir normas que vão reger a sociedade.

 

Já o professor Humberto Theodoro fez um comparativo das mudanças no campo recursal do CPC. Entre outros pontos, explicou que não existe mais ação ou processo cautelar, pois o novo CPC traz a medida tutelar de urgência, que se tornou um requerimento, incidente que pode acontecer a qualquer momento.

 

Também participaram do evento os ministros Sérgio Kukina, Gurgel de Faria, Maria Thereza de Assis Moura, Paulo de Tarso Sanseverino, Marco Aurélio Bellizze, Og Fernandes, Isabel Gallotti, Assusete Magalhães e Eliana Calmon (aposentada), além do relator do projeto de código, deputado Paulo Teixeira.

 

 

 

Fonte: Superior Tribunal de Justiça (13.04.2015)

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

01/08/2025 11:55 - Anvisa autoriza esgotamento de embalagens já produzidas após regularização de alimentos
01/08/2025 11:54 - 7ª Turma mantém justa causa de recepcionista que usava o próprio pix para desviar valores de hotel
01/08/2025 11:54 - Valor total da dívida é critério para apelação em execução fiscal baseada em única CDA, define Primeira Seção
01/08/2025 11:53 - Juíza autoriza citação por WhatsApp em ação de execução
01/08/2025 11:52 - TJ-SP autoriza substituição de penhora por seguro-garantia em débito fiscal
01/08/2025 11:51 - TRF 1ª Região – CJF abre prazo para envio de propostas de enunciados à IV Jornada de Direito Processual Civil
31/07/2025 14:27 - Reajuste no aviso-prévio indenizado não beneficia quem aderiu a PDV
31/07/2025 14:27 - Transferências não sucessivas de bancário afastam adicional, diz TST
31/07/2025 14:25 - Confira a lista de quase 700 produtos que não serão taxados pelos EUA
31/07/2025 14:25 - TJSP – Indisponibilidade de sistemas neste final de semana
31/07/2025 14:23 - TRF2 informa: valores de precatórios estarão disponíveis para saque a partir de 4 de agosto de 2025
30/07/2025 12:06 - Rotulagem de alimentos: Anvisa realiza série de diálogos virtuais sobre revisão de normas
30/07/2025 12:05 - Projeto libera funcionamento de comércio aos domingos e feriados
30/07/2025 12:05 - TST mantém nulidade de cláusula que exigia consulta a sindicato antes de ação na Justiça
30/07/2025 12:04 - Residência de sócio em nome da empresa não será penhorada

Veja mais >>>