Jurídico
13/10/2014 14:26 - Cartões pré-pagos podem chegar a 10% das transações em cinco anos
Regulamentado no final do ano passado, produto é destinado à população sem conta bancária
No embalo da popularização dos pagamentos com cartão, que no primeiro trimestre do ano totalizaram R$ 223 bilhões no país, financeiras e bancos estão apostando em um novo serviço: o cartão pré-pago. Regulamentado no final do ano passado, o produto é destinado à população sem conta bancária ou interessada em controlar seus gastos com rigidez.
Nessa opção, o usuário não precisa de uma conta bancária, como no caso dos cartões de crédito; tem os valores que gasta descontados na hora, como se fosse um cartão de débito. A particularidade é que o cliente recarrega o plástico com dinheiro e pode gastar só o que deixou de saldo, sem risco de entrar no limite. Os pagamentos são feitos nas mesmas maquinhinhas que aceitam cartões de crédito e débito.
Como o pré-pago dispensa a abertura de uma conta bancária, a taxa mensal paga por esse serviço inexiste. Mas o cartão tem um custo. Dependendo do uso, pode sair até mais caro do que uma conta em banco.
— Metade da população brasileira ainda não tem conta bancária e encontra nos pré-pagos uma alternativa segura e prática de pagamento — afirma Bernardo Faria, diretor executivo da Acesso Card, empresa que vende cartões com bandeira Mastercard.
Conforme o Grupo Setorial de Pré-pagos (GSPP), entidade formada pelas empresas que oferecem esse produto, há potencial para que os pré-pagos correspondam a 10% dos pagamentos com plástico até 2020. A população desbancarizada é o principal alvo, mas não o único, explica Faria, que tem apenas 3% de seus negócios no Rio Grande do Sul — a maioria está concentrada no Sudeste e Nordeste. Os pré-pagos podem ser alternativa para pais pagarem e controlarem o uso da mesada aos filhos, por exemplo — há um site onde o usuário faz transferência, consulta saldo e extrato.
— Talvez a principal vantagem do pré-pago seja o controle financeiro, pois a pessoa só utiliza o valor que abasteceu, sem entrar em limites que possam causar um transtorno na hora de acertar a fatura — avalia Alfredo Meneghetti Neto, especialista em finanças pessoais e professor de Economia da PUCRS.
Opções como cartão de crédito e cheque especial são os maiores condutores ao superendividamento, lembra Meneghetti, pois, além de oferecerem limites generosos, cobram juros que podem passar de 13% ao mês.
— Tem de se avaliar os custos e a facilidade de abastecimento para saber se o pré-pago vale a pena — sugere.
Alternativa é mais comum nos EUA
A profusão dos pré-pagos é recente: começou neste ano, após o Banco Central (BC) determinar, no final de 2013, algumas regras para o uso, como exigência de identificação do usuário. Nem BC e nem a Associação Brasileira de Cartões de Crédito (Abecs) possuem dados deste mercado, mas especialistas explicam que as emissões e o valor movimentado ainda são muito baixos. A experiência mais próxima do brasileiro com meios de pagamento pré-pagos são cartões de viagem, como os travel money.
Os pré-pagos são oferecidos por alguns bancos (mesmo para quem não tenha conta) e empresas que atuam especificamente na venda desses produtos. Em alguns casos, podem ser encontrados em supermercados ou lojas de varejo, principalmente em São Paulo.
No Rio Grande do Sul, os números são ínfimos. Um dos principais mercados é os Estados Unidos. No ano passado, o Google anunciou no mercado americano um cartão pré-pago com acesso a fundos armazenados em contas Google Wallet, um aplicativo para dispositivos móveis e serviço online de pagamentos.
por Erik Farina
Fonte: Zero Hora (13.10.2014)
Veja mais >>>
10/11/2025 13:45 - Comissão debate impactos da escala 6x1 no setor do comércio10/11/2025 13:45 - Receita ignora jurisprudência e tenta tributar crédito presumido de ICMS
10/11/2025 13:43 - Negado adicional de periculosidade ao caminhoneiro que acompanhava abastecimento de caminhão-betoneira
10/11/2025 13:43 - Reforma do Código Civil: entenda o que está em debate e fuja das fake news
07/11/2025 14:14 - Juiz ordena envio de débitos à PGFN para viabilizar transação tributária
07/11/2025 14:13 - Banco consegue validar dispensa de empregado com transtornos psiquiátricos
07/11/2025 14:13 - Se há cláusula arbitral, Judiciário não deve interferir no mérito da disputa
07/11/2025 14:12 - STF reconhece omissão do Congresso na criação do Imposto sobre Grandes Fortunas
07/11/2025 14:11 - TRF 2ª Região – STI: Manutenção programada de sistemas de TI – dias 8 e 9 de novembro
06/11/2025 14:04 - Estudo do TCU mostra que, em janeiro, 27% do dinheiro do Bolsa Família foi gasto em apostas
06/11/2025 14:03 - Anvisa determina recolhimento de pratos plásticos da marca Guzzini
06/11/2025 14:03 - Proibidos suplementos alimentares e energéticos com ozônio
06/11/2025 14:02 - Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil segue para sanção
06/11/2025 14:02 - Demonstrativo Consolidado do Imposto de Renda Retido na Fonte está disponível no Portal de Serviços da Receita Federal
06/11/2025 14:01 - TJSC lança aplicativo que reúne principais serviços do Judiciário catarinense

