Jurídico
20/04/2017 11:22 - Governo destaca "base aliada forte" em nova votação sobre reforma trabalhista
O governo comemorou a aprovação, no início da noite de hoje (19) pelo plenário da Câmara, do requerimento de urgência para apreciação do projeto de lei 6787/16, que trata da reforma trabalhista. Após derrota ontem na aprovação do mesmo requerimento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), colocou novamente o tema em votação. Na segunda tentativa foram alcançados 287 dos 257 votos necessários para acelerar a tramitação.
O porta-voz da presidência da República, Alexandre Parola, disse em pronunciamento que o presidente Michel Temer acompanhou a votação e que o resultado “traduz uma ampla maioria e um firme apoio do Congresso”. O pronunciamento do porta-voz foi mais volatado à demonstração de força do governo na Câmara do que à proposta de reforma trabalhista em si.
Com a aprovação do regime de urgência é possível pular etapas e colocar o projeto para ser votado - tanto na comissão quanto no plenário - já na próxima semana. Alguns prazos não precisarão ser mais cumpridos e não será possível pedir vista ou apresentar emendas à matéria na comissão especial que analisa o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN).
Em seu pronunciamento, Parola citou ainda a aprovação ontem do texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, que trata da recuperação fiscal dos estados superendividados como exemplo da maioria que Temer tem na Câmara.
“Ambas confirmam a solidez da base congressual do governo e seu compromisso com o conjunto de medidas que, discutidas e aprovadas ao longo dos últimos meses, já foram capazes de tirar o Brasil da mais profunda recessão de sua história. O presidente da República agradece às deputadas e aos deputados pelos votos dados a favor de cada uma dessas medidas”.
“Excesso de confiança” e ligação para líderes
Após a derrota de ontem, na tentativa frustrada da base governista de aprovar o requerimento de urgência da reforma trabalhista na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, ligou para o presidente Michel Temer para explicar o ocorrido. A justificativa foi uma desmobilização dos deputados, que não estavam no plenário na hora da votação.
Um exemplo é que o próprio líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), estava no Senado no momento e não voltou à Câmara a tempo de votar. Após a explicação de Maia, Temer acionou o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, que ligou para os líderes da base e reagrupou os deputados ausentes no plenário. Com isso, o governo conseguiu aprovar o texto base do PLP da recuperação fiscal dos estados superendividados, pouco tempo depois.
A avaliação do Planalto é que houve “excesso de confiança” na primeira tentativa de aprovação do requerimento de urgência da reforma trabalhista. A nova votação no início da noite de hoje irritou deputados da oposição, que chamaram de “manobra” a reapresentação do requerimento.
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) interpelou Maia. "O requerimento de urgência foi derrotado porque não atingiu os 257 votos [na noite de ontem] e eu fui atingido com a informação de que Vossa Excelência [Rodrigo Maia] quer repetir a votação. O governo tem que reconhecer que perdeu ontem", disse.
Reforma da Previdência
Já o texto do relatório da reforma da Previdência, muito negociado entre governo e base aliada por semanas, será posto em votação apenas no dia 2 de maio, após acordo com a oposição. O governo, inclusive, adota um discurso positivo com relação ao adiamento da votação na comissão especial. No Palácio do Planalto, o entendimento é que foi uma saída para evitar sucessivas obstruções de parlamentares da oposição na votação do relatório.
Para o governo, saber o dia preciso em que a comissão votará o relatório de Arthur Maia (PPS-BA) é mais importante do que ter esperar quase duas semanas para aprovar a proposta e levá-la ao plenário da Casa. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) vai monitorar o tamanho dos atos do Dia do Trabalhador, no 1° de maio, como costuma fazer em manifestações, para avaliar possíveis manifestações de rua contra a reforma da Previdência.
Edição: Amanda Cieglinski
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil (19.04.2017)

Veja mais >>>
06/06/2025 11:57 - Partido Liberal pede suspensão de aumento no IOF06/06/2025 11:56 - Conselheiros não responderão por dívidas trabalhistas de fundação educacional
06/06/2025 11:55 - Projeto amplia possibilidade de desconto sobre multas tributárias
06/06/2025 11:54 - Projeto exige indicação do teor de álcool nos alimentos
06/06/2025 11:53 - TST - PJe ficará indisponível neste fim de semana
05/06/2025 12:12 - MTE se reúne com Frente Parlamentar e entidades do setor produtivo para discutir aperfeiçoamento das normas trabalhistas
05/06/2025 12:10 - Atraso de salário caracteriza dano moral? TST recebe manifestações sobre o tema
05/06/2025 12:10 - Empresas nacionais e estrangeiras devem se cadastrar no Domicílio Judicial eletrônico
05/06/2025 12:10 - Projeto proíbe fiscos de compartilhar informações bancárias de clientes
05/06/2025 12:09 - Banco Central anuncia o Pix automático
05/06/2025 12:09 - TRF 2ª Região – STI: Manutenção programada dos sistemas de TI – dias 14 e 15 de junho
04/06/2025 14:07 - Bônus de permanência não possui natureza salarial, decide juiz
04/06/2025 14:05 - Julgamento virtual sem intimação dos advogados é nulo, diz STJ
04/06/2025 14:04 - Julgamento virtual entre 20 de dezembro e 20 de janeiro é nulo, diz STJ
04/06/2025 14:03 - Depósito elisivo pode afastar falência por descumprimento do plano de RJ, diz STJ