Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Jurídico

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Jurídico

03/11/2015 12:14 - Dias Toffoli pede vista em caso de precatórios

 
 

Uma nova discussão sobre juros de precatórios travou no Supremo Tribunal Federal (STF) depois que o ministro Dias Toffoli pediu mais tempo para analisar o caso. O resultado do julgamento já estava definido por maioria dos votos. 
Antes de Toffoli votar, cinco dos onze ministros já haviam acompanhado integralmente o relator do caso, o ministro Marco Aurélio, somando seis votos. O caso tratava da cobrança de juros de mora (atraso), a serem pagos por União, estados e municípios, durante a discussão judicial da dívida. 


No caso, uma servidora da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, cobrava uma dívida de R$ 5.757, por conta de adicional de insalubridade não pago. Em 2004, a Justiça reconheceu que a servidora tinha direito de receber o valor. Mas na fase de execução, em que ocorre a cobrança da dívida, a universidade recorreu. 
O julgamento do recurso contrário à execução acabou apenas em 2007, cerca de três anos depois que ela teve o direito reconhecido pela Justiça. Nesse período, era consenso de que a dívida deveria ser corrigida pela inflação. Mas a cobrança de juros de mora, de 0,5% ao mês, era contestada pela procuradoria federal. 


O ministro Marco Aurélio entendeu que o recurso contra a execução, que prolongou o processo em três anos, era uma estratégia para postergar o pagamento. "Há um responsável pela demora [do processo]. Esse responsável não é o credor. É o devedor", afirmou. 
Na visão dele, o Estado conta com a incapacidade do Judiciário em julgar o grande volume de processos para deixar de fazer o pagamento das dívidas. "Não se pode apostar na morosidade da Justiça. E aqui essa aposta foi feita pelo Estado", declarou ele na sessão. 


No mesmo sentido, o ministro Luís Roberto Barroso destacou que "o pode público precisa mudar a forma como litiga". Segundo ele, o governo tem levado todas as questões à Justiça. Barroso, que foi por 30 anos procurador do Estado do Rio de Janeiro, também destacou que os advogados públicos dificilmente conseguem ser dispensados de ingressar com os recursos. "É mais difícil obter dispensa do recurso do que recorrer, então se recorre", disse. 


A ministra Cármen Lúcia, que também fez carreira como procuradora, acrescentou que os advogados públicos que deixam de recorrer estão sendo cada vez mais processados pelo Ministério Público. Por causa do pedido de vista, ela não chegou a votar. 
Segundo o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, pelo menos 22.873 processos estão paralisados, aguardando que o tribunal se manifestasse sobre o recurso julgado ontem. Mas mesmo com o pedido de vista de Toffoli, esses casos continuarão travados. 


O presidente da comissão de precatórios do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marco Antonio Innocenti, que fez sustentação oral no julgamento de ontem, disse ao DCI que por causa do placar de seis votos a zero a questão sobre os juros de mora já está decidida. 
"Ninguém entendeu [o pedido de vista de Toffoli]. Na verdade, todo mundo entendeu. Ele quis segurar o caso. Mas o julgamento é irreversível", afirmou o especialista. Apesar dos vários julgamentos sobre precatórios, ele afirma que o Supremo ainda tem outros dois debates pendentes. 


Um deles, sob relatoria do ministro Luiz Fux, diz respeito à correção monetária de créditos, devidos pela Fazenda pública, que ainda não viraram precatórios, conforme a Lei 11.960/2009. O outro é uma extensão do julgamento de hoje, para revogar a súmula vinculante de número 17, que trata dos juros dos precatórios. 


Roberto Dumke

 

 

Fonte: DCI (30.10.2015)

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

07/11/2025 14:14 - Juiz ordena envio de débitos à PGFN para viabilizar transação tributária
07/11/2025 14:13 - Banco consegue validar dispensa de empregado com transtornos psiquiátricos
07/11/2025 14:13 - Se há cláusula arbitral, Judiciário não deve interferir no mérito da disputa
07/11/2025 14:12 - STF reconhece omissão do Congresso na criação do Imposto sobre Grandes Fortunas
07/11/2025 14:11 - TRF 2ª Região – STI: Manutenção programada de sistemas de TI – dias 8 e 9 de novembro
06/11/2025 14:04 - Estudo do TCU mostra que, em janeiro, 27% do dinheiro do Bolsa Família foi gasto em apostas
06/11/2025 14:03 - Anvisa determina recolhimento de pratos plásticos da marca Guzzini
06/11/2025 14:03 - Proibidos suplementos alimentares e energéticos com ozônio
06/11/2025 14:02 - Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil segue para sanção
06/11/2025 14:02 - Demonstrativo Consolidado do Imposto de Renda Retido na Fonte está disponível no Portal de Serviços da Receita Federal
06/11/2025 14:01 - TJSC lança aplicativo que reúne principais serviços do Judiciário catarinense
06/11/2025 14:00 - Sistemas de informática da Justiça Federal da 3ª Região estarão indisponíveis de 7 a 9 de novembro
05/11/2025 14:52 - STF autoriza cálculo de multas administrativas com base no salário mínimo
05/11/2025 14:52 - Determinada proibição do café da marca Vibe Coffee
05/11/2025 14:50 - Novo regulamento moderniza fiscalização de produtos de origem vegetal

Veja mais >>>