Jurídico
12/07/2013 13:04 - Análise de vetos presidenciais terá novas regras
Atos de Dilma a partir de 1º de julho terão de ser analisados em no máximo 30 dias
Sob ameaça de aliados e oposicionistas poderem retomar a chamada "pauta-bomba", o Congresso aprovou ontem um novo sistema de votação dos vetos presidenciais.
Conforme o modelo, todos os vetos da presidente Dilma Rousseff a partir de 1º de julho deste ano deverão ser analisados em até 30 dias --prazo previsto na Constituição, contando a partir da data de publicação dos vetos.
Se isso não ocorrer, o Congresso ficará com a pauta trancada até sua apreciação.
A análise desses vetos começa em agosto. Também ficou definido que os congressistas farão sessões todos os meses, de preferência na terceira terça-feira de cada mês, para a votação dos vetos.
No modelo em vigor, como os vetos não são analisados pelo Congresso, o Planalto acaba tendo a palavra final sobre decisões do Legislativo --já que os vetos de Dilma não são derrubados pelos deputados e senadores. O novo modelo enfraquece o poder da presidente, que passará a ter suas decisões submetidas ao crivo dos congressistas.
Entre os vetos da "pauta-bomba" está o fim do fator previdenciário, cuja manutenção foi defendida ontem pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves: "O fim do fator previdenciário, se ele não for substituído adequadamente, é desastroso para as contas da Previdência".
Vetos Antigos
Apesar desse entendimento sobre os vetos futuros, alguns aliados, como o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), disseram que há dúvidas sobre o que ocorrerá com os mais de 1.700 vetos que aguardam apreciação há dez anos.
O entendimento firmado ontem por líderes da Câmara e do Senado é que eles serão "engavetados" e a análise ficará a cargo do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Segundo Cunha, não há compromisso com o engavetamento desses vetos. "Não morreram, estão apenas no CTI. De repente, podem ganhar um balão de oxigênio e sobreviver. Tudo vai depender da vida como ela é."
O vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), no entanto, disse que o acordo é que "os vetos do passado ficam no passado".
Por pressão de Cunha, ficou acertado ainda criar uma comissão mista de três deputados e três senadores para analisar os vetos, como previa o texto inicial da Câmara.
Os vetos poderão ser analisados pelo plenário, de acordo com a proposta, independentemente do relatório da comissão mista. A ideia é que já cheguem ao plenário com parecer pela derrubada.
Para o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), a medida retoma para o Congresso o protagonismo na palavra final no processo legislativo.
Fonte: Folha de São Paulo (12.07.2013)

Veja mais >>>
06/06/2025 11:57 - Partido Liberal pede suspensão de aumento no IOF06/06/2025 11:56 - Conselheiros não responderão por dívidas trabalhistas de fundação educacional
06/06/2025 11:55 - Projeto amplia possibilidade de desconto sobre multas tributárias
06/06/2025 11:54 - Projeto exige indicação do teor de álcool nos alimentos
06/06/2025 11:53 - TST - PJe ficará indisponível neste fim de semana
05/06/2025 12:12 - MTE se reúne com Frente Parlamentar e entidades do setor produtivo para discutir aperfeiçoamento das normas trabalhistas
05/06/2025 12:10 - Atraso de salário caracteriza dano moral? TST recebe manifestações sobre o tema
05/06/2025 12:10 - Empresas nacionais e estrangeiras devem se cadastrar no Domicílio Judicial eletrônico
05/06/2025 12:10 - Projeto proíbe fiscos de compartilhar informações bancárias de clientes
05/06/2025 12:09 - Banco Central anuncia o Pix automático
05/06/2025 12:09 - TRF 2ª Região – STI: Manutenção programada dos sistemas de TI – dias 14 e 15 de junho
04/06/2025 14:07 - Bônus de permanência não possui natureza salarial, decide juiz
04/06/2025 14:05 - Julgamento virtual sem intimação dos advogados é nulo, diz STJ
04/06/2025 14:04 - Julgamento virtual entre 20 de dezembro e 20 de janeiro é nulo, diz STJ
04/06/2025 14:03 - Depósito elisivo pode afastar falência por descumprimento do plano de RJ, diz STJ