Jurídico
07/02/2013 11:53 - Vivo e Apple respondem por iPhone com defeito
Liminar obriga a Vivo e a Apple a respeitarem o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. As empresas devem sanar os vícios - danos ao patrimônio - de aparelhos adquiridos na Vivo e fabricados pela Apple em no máximo 30 dias, de acordo com decisão da juíza Maria Rita Rebello Pinho Dias, da 30ª Vara Cível de São Paulo.
Ultrapassado esse prazo, o consumidor pode escolher entre a substituição do aparelho com defeito, restituição da quantia paga com atualização monetária, ou o abatimento proporcional do preço. Se não cumprirem a determinação, as empresas pagam a multa.
A mesma punição financeira será aplicada se as companhias não informarem aos consumidores de forma clara, precisa e ostensiva que ambas são solidariamente responsáveis pelos vícios do produto, podendo o cliente procurar qualquer uma delas para solucionar o problema.
A decisão protege tanto os consumidores que comprarem um iPhone na Vivo que apresente defeito, como aqueles que compraram o aparelho com problema antes da determinação.
Direito do consumidor
A acusação pelo Ministério Público de São Paulo partiu de uma representação encaminhada por uma consumidora, em que ela informava que a Vivo se recusou a trocar seu iPhone, que apresentou problemas dois dias após a compra.
Em audiência na Promotoria de Justiça Especializada, em setembro de 2012, as empresas admitiram que ajustaram entre si que o consumidor teria que procurar o fabricante para solucionar defeitos do aparelho, não podendo recorrer a loja. E ainda reconheceram que esse acordo violava o artigo 18 do CDC.
"Em ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, portanto, as empresas corrés privatizam os lucros e socializam os prejuízos. É dizer: negam a responsabilização solidária - em prejuízo de todos os consumidores - para auferirem benefício que reverte apenas em seu proveito", escreveu a promotora Camila Mansour Magalhães da Silveira, proponente da ação.
De acordo com a liminar, tal ajuste entre as companhias pretendia, de fato, afastar incidência de norma constante no artigo 18 do CDC, que é uma ordem pública e não pode ser revogada nem afastada por vontade das partes privadas. Além disso, caso a situação narrada persistisse, haveria danos irreparáveis aos consumidores.
A Promotoria tentou a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta com as empresas, mas a proposta não foi aceita. Com informações da Assessoria de Imprensa do TJ-SP e do MP-SP.
Fonte: Revista Consultor Jurídico (06.02.2013)
Veja mais >>>
12/11/2025 11:54 - Presidente Lula assina decreto que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador12/11/2025 11:53 - Reforma Tributária do Consumo - RTC - Obrigatoriedade ao DTE automática a partir de 2026
12/11/2025 11:52 - TRT-MG lança Índice Temático de Precedentes Trabalhistas
12/11/2025 11:52 - TRT-RJ faculta o uso de paletó e gravata de 24/11/25 a 20/3/
11/11/2025 13:54 - Pesquisa mostra que empresas não se adaptaram para reforma tributária
11/11/2025 13:54 - Receita Federal reforça critérios de legitimidade para habilitação de créditos decorrentes de decisões judiciais coletivas
11/11/2025 13:53 - Anvisa promove diálogo setorial sobre alimentos para fins especiais
11/11/2025 13:52 - ANVISA – Suplementos irregulares devem ser recolhidos
11/11/2025 13:52 - Decisão com técnica distinguishing afasta tese vinculante em caso de estabilidade gestante
11/11/2025 13:51 - Receita Federal prorroga até 30 de dezembro o prazo para adesão aos editais de transação
11/11/2025 13:51 - TRT 2ª Região – Serviços de informática ficam indisponíveis no fim de semana
10/11/2025 13:45 - Comissão debate impactos da escala 6x1 no setor do comércio
10/11/2025 13:45 - Receita ignora jurisprudência e tenta tributar crédito presumido de ICMS
10/11/2025 13:43 - Negado adicional de periculosidade ao caminhoneiro que acompanhava abastecimento de caminhão-betoneira
10/11/2025 13:43 - Reforma do Código Civil: entenda o que está em debate e fuja das fake news

