Geral
22/09/2009 12:17 - Cacau sobe e indica tempos amargos para 'chocólatras'
Commodities: Costa do Marfim pode produzir menos, e consumo vai crescer
As cotações do cacau chegaram a atingir ontem o maior patamar em 24 anos na bolsa de Londres, em razão de previsões de que o consumo global deverá superar a produção no ano-safra que começará no mês que vem. O cenário ampliou a preocupação de que o mercado pode estar entrando em seu pior período de escassez do produto em 40 anos.
A escalada dos preços, que tende a encarecer o chocolate, acontece em um momento sensível para a multinacional britânica Cadbury, que tenta provar sua viabilidade como uma companhia independente depois de ter rejeitado uma oferta hostil apresentada pela americana Kraft Foods.
A Kraft alegou que pode gerenciar com mais facilidade o efeito da alta dos preços do cacau por ser uma empresa de porte maior, com vendas anuais da ordem de US$ 43 bilhões, ante os US$ 5,4 bilhões da Cadbury. Para a Kraft, estima-se que o custo do cacau represente 1,5% das vendas totais; no caso da Cadbury, de acordo com o Morgan Stanley, o peso chega a 10%.
"Qualquer mudança de preços da commodity é menos marcante para a Kraft", informou ontem o grupo americano. Traders afirmam, porém, que a Kraft recorre menos a ferramentas de hedge em suas transações com a matéria-prima do que a Cadbury, o que torna a companhia americana mais vulnerável a altas de preços no curto prazo. Ambas as empresas preferem não detalhar suas respectivas políticas de hedge.
Andrew Bonfield, principal executivo financeiro da Cadbury, afirmou na semana passada, em uma conferência com investidores, que, se as cotações do cacau permanecerem nos níveis atuais, "não haverá escolha a não ser aumentar o preço do chocolate em alguns mercados ao redor do mundo".
O mercado "altista" para o cacau tem sua raiz na Costa do Marfim, que responde por 40% das entregas mundiais da commodity. Após uma pobre colheita na última temporada, traders temem que as envelhecidas árvores do país africano rendam ainda menos em 2009/10, apesar do clima favorável. Os traders também dizem que o fenômeno El Niño pode prejudicar a produção na Indonésia, terceiro maior país produtor de cacau, e no Equador, sétimo no ranking.
Ao mesmo tempo, a demanda deverá voltar a aumentar, entre 1,5% e 3%, em 2009/10, depois de uma baixa de 6% na safra 2008/09. Com isso, será criado um déficit no mercado pela quarta temporada consecutiva, o período mais longo desde o intervalo entre 1965 e 1969. "Os chocólatras ficarão desapontados com tendência", disse Luke Chandler, chefe da área de pesquisas no setor de agronegócios do Rabobank, em Londres.
Depois de testar o maior nível em 24 anos no início do pregão, os contratos futuros mais negociados do cacau fecharam a 2.109 libras esterlinas por tonelada ontem na bolsa londrina, com uma pequena queda de 19 libras
Veículo: Valor Econômico

Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria