Geral
18/09/2009 11:10 - No Brasil, crise afetou o bolso dos CEOs
O salário-base dos Chiefs Executive Officer (CEOs) - os diretores-executivos, responsáveis pelo comando das grandes empresas no dia-a-dia e por implementar as decisões estratégicas dos conselhos de administração - no Brasil caiu 2,2% em 2009, enquanto o total em dinheiro (salário, mais bônus) diminuiu 4,30%, revelou uma pesquisa da consultoria de gestão de negócios Hay Group, divulgada essa semana.
O levantamento, batizado de Top Executive Compensation, coletou informações com 2.689 executivos que trabalham em 227 empresas. A redução da remuneração, conclui o estudo, está diretamente ligada à crise financeira internacional.
Em 2008, aponta o levantamento, o cenário era bem diferente: o salário-base havia crescido 4,4% e o total em dinheiro no ano chegou a ser 9,8% maior do que em 2007. A pesquisa mostra que 100% das empresas possuem a prática de Incentivos de Curto Prazo (ICPs), como bônus e participação nos lucros. Na média, os ICPs pagos em 2009 caíram 1% em relação a 2008. Para os CEOs, especificamente, os ICPs diminuíram 4% no período e representam, neste ano, 108% do salário-base anual.
Em 55% das empresas existe uma definição a partir da qual um percentual de conquista das metas garante o pagamento do mínimo, ou seja, o gatilho. Em 50% das empresas este percentual mínimo varia de 75% a 90% do alvo central das metas. Na média geral o gatilho mínimo é de 79%. Por outro lado, 64% das empresas estabelecem um teto, ou seja, existe um percentual limite considerado para a definição do valor máximo do plano de ICP. Na média geral este teto é de 152%.
Das empresas ouvidas, 95 possuem planos de Incentivos de Longo Prazo (ILPs), o que representa um crescimento de 25% em relação ao estudo de 2008. 60% das empresas que concedem ILPs são predominantemente de capital estrangeiro.
O universo de executivos elegíveis a esse tipo de programa, no entanto, foi ampliado este ano, para 43%, contra 34% no ano anterior. O consultor Leonardo Salgado, do Hay Group, destacou em nota que há no mercado uma tendência de crescimento desta prática, em função do número de empresas que abriram capital nos últimos anos ou estão estudando essa possibilidade. A política tem como finalidade maior a retenção de talentos nas organizações.
"Neste cenário, a utilização de ferramentas de remuneração de longo prazo se mostra um caminho natural como forma de garantir o alinhamento com a estratégia da empresa e a permanência dos executivos no médio e longo prazo", explica.
Entre as empresas que possuem programa de ILP, 75% adotam um único programa e as demais (25%) utilizam até três diferentes modelos para composição deste incentivo. O programa mais utilizado é o stock option, com 58% de adoção. Por esse tipo de programa, os executivos têm acesso a opções sobre as ações da companhia, que podem exercer em caso de valorização dos papéis, dando um belo upgrade em sua remuneração.
Executivos perderam com ações em baixa
Apesar de ter aumentado o número de empresas que concedem ILP e de profissionais que podem ter acesso a esses programas, é possível verificar uma queda da participação dessa modalidade no pacote de remuneração dos executivos.
"Isso mostra a pouca disposição dos acionistas em atenuar a queda do valor das ações verificada durante a fase mais aguda da crise, com aumentos no valor das outorgas. A manutenção dos patamares cedidos em 2008, somada à desvalorização das opções, já seriam suficientes para provocar a queda dos valores presentes dos ILPs e, consequentemente, reduzir o seu percentual em relação ao salário base", afirma Salgado.
A pesquisa do Hay Group mostra ainda que houve uma revisão nas políticas empresariais e na adequação dos custos. Apesar de os benefícios tradicionais, como o plano médico, que atinge 100% dos entrevistas, os auxílios para refeição (96%) e os seguros de vida (93%) continuarem em voga, outras concessões que vinham ganhando espaço sofreram redução.
Um dos exemplos é educação. Programas de apoio ao aprimoramento, como o financiamento de pós-graduações e MBAs, atualmente atingem 46% dos executivos, nove pontos percentuais abaixo de 2008. Os empréstimos financeiros também foram reduzidos, passando de 27% em 2008 para 20% em 2009.
Quanto à adoção de políticas de segurança, o número de empresas que se preocupa com o tema aumentou, a despeito da crise, passando de 56% para 64% para o nível de CEO e de 29% para 36% em caso de vice-presidentes.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ

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