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04/09/2009 12:11 - Clima e fungo prejudicam a safra de trigo

Abastecimento: Produção do cereal no país deverá recuar 23% este ano

 

Grande dependente de trigo importado, o Brasil preparava-se para colher este ano uma de suas melhores safras. Pelo segundo ano consecutivo, as previsões apontavam para cerca de 6 milhões de toneladas. Com os bons estoques de passagem desde o ano passado, a expectativa era reduzir as importações em até 20%. As boas perspectivas para o quadro de oferta e demanda nacional, porém, foram atropeladas pela brusone, doença fúngica muito conhecida nos arrozais e que já comprometeu 23% da produção do cereal deste ano.

 

Desde julho, as lavouras de trigo, sobretudo do Paraná, maior Estado produtor do país, e as do Centro-Oeste, começaram a ser atacadas pela brusone. Os estragos já começam a ser contabilizados e os números não são nada animadores.

 

"A brusone é uma das doenças mais preocupantes das lavouras, com difícil controle", disse Otmar Hubner, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). "A combinação de umidade e calor é fatal. As chuvas de julho e agosto favoreceram a proliferação da doença. E a má notícia é que além da brusone, a giberela [outro fungo] também tem feito estragos."

 

Levantamento preliminar da consultoria Safras&Mercado mostra que a produção este ano cairá 23%, para 4,6 milhões de toneladas, ante as 6 milhões de toneladas do ano anterior. Segundo Élcio Bento, especialista de trigo da Safras, as importações deveriam ser menores este ano por conta dos bons estoques de passagem da safra passada. No entanto, com os estragos provocados pelas doença, a qualidade do trigo deverá ser altamente afetada, o que poderá elevar ainda mais as importações.

 

Na safra passada, o país importou 6,9 milhões de toneladas, entre trigo em grão e farinha. A expectativa era de que as compras caíssem para 5,5 milhões de toneladas este ano. "Esse número poderá ser maior", afirmou Bento. Com a quebra de safra da Argentina, que pela primeira vez em sua história poderá importar a matéria-prima, o Brasil terá de buscar trigo de outros mercados, como Estados Unidos, Canadá, Leste Europeu, Paraguai e mesmo do Uruguai.

 

O Paraná foi o Estado mais afetado pela doença. Maior produtor de trigo do país, as lavouras registraram em 2008 produtividade recorde, de 2,830 mil quilos por hectare. Para este ano, a expectativa era uma marca média de 2,7 mil quilos/ha. "Mas deverá ser bem menor", disse Hubner. A produção de trigo está estimada em 3,17 milhões de toneladas, uma queda de 9% (ou 320 mil toneladas) sobre a estimativa anterior. No ano passado, a colheita no Estado ficou em 3,21 milhões de toneladas.

 

A doença também atingiu as lavouras do Centro Oeste - Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Mas nesta região a produção de trigo é menor, com pouca tradição, afirmou Hubner. A expectativa é de que a produção nesses três Estados atinja 187 mil toneladas.

 

O alerta agora é sobre o impacto nas lavouras gaúchas. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor do Brasil, com oferta estimada em 1,76 milhão de toneladas neste ano. Como o plantio do cereal é tardio, ainda não houve estragos, informou a gaúcha Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias). No ano passado, a produção de trigo no Estado atingiu 2,06 milhões de toneladas. Neste ano, deverá cair 15%, para 1,760 milhão de toneladas.

 

Por enquanto, os efeitos da brusone não deram sustentação aos preços no mercado interno. Mesmo com o auxílio de mecanismos de sustentação do governo, em agosto as cotações do trigo recuaram 6,4% em relação a julho e 8,7% sobre o mesmo mês de 2008. A tonelada do grão no Paraná caiu para R$ 495, segundo Bento. A quebra na Argentina também não tem ajudado. O plantio de trigo naquele país nesta temporada cobriu 2,75 milhões de hectares até agosto, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 40,2% a menos sobre o ciclo passado - a menor marca registrada em 100 anos.

 

Na quinta-feira, os preços futuros do cereal atingiram a menor cotação deste ano, reflexo da expectativa de produção global maior que a demanda. Na bolsa de Kansas, os contratos para dezembro fecharam a US$ 4,9925 o bushel, recuo de 7,75 centavos.
 


Veículo: Valor Econômico

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