Notícias do setor
Economia
Jurídico
Tecnologia
Carnes / Peixes
Bebidas
Notícias ABRAS
Geral
Redes de Supermercados
Sustentabilidade
Estaduais
 



Você está em:
  • Notícias do setor »
  • Geral

Notícias do setor - Clipping dos principais jornais e revistas do Brasil

RSS Geral

20/08/2009 10:38 - Cotações despecam e produtor reclama

Saca de feijão, que era vendida a R$ 240, cai para R$ 80. Soja e trigo também estão em baixa

 

Há um ano, o fazendeiro Clécio Klein, em atividade no Distrito Federal, vendia uma saca de 60 kg de feijão por R$ 240 e neste ano, o único preço que consegue é R$ 80. Produtor de trigo, milho, soja e sorgo, Klein sentiu a queda. A cooperativa da qual faz parte possui 107 agricultores e a reclamação é a mesma: querem o retorno dos valores de 2008, negociados antes da crise.

 

Estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) constata que os preços dos alimentos permanecerão baixos nos próximos dois anos. Após esse período, relata o agrônomo Cláudio Malinski, a tendência será de alta, influenciada, principalmente, pela retomada da economia mundial.

 

“Se houver essa valorização será bom”, afirma Derci Cenci, produtor de soja e feijão no DF. O outro lado dessa questão é que, quanto mais os produtos agrícolas subirem, mais caro ficará o prato de comida. Por enquanto, o que há são os efeitos da crise mundial, que reduziu a demanda mundial por alimentos, puxando para baixo alguns preços.

 

Oferta

 

Segundo levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido do Correio, alimentos derivados de commodities tiveram deflação em 12 meses até junho. Pão francês (-1,72%), biscoito (-0,86%), farinha de trigo (-18,29%), macarrão (-0,96%) foram os mais afetados pelo recuo das commodities. “O trigo tem um conjunto de derivados muito grande e todos estão com queda no preço. O que mostra bem o efeito da crise”, relata o pesquisador da FGV André Braz. Também nos últimos 12 meses, o óleo de soja teve recuo de 24%. De acordo com a FGV, os preços do feijão e do arroz também registraram desaceleração, mas como não são commodities, a influência internacional foi mínima.

 

Para a OCDE, essa desacelaração se deve à maior oferta de itens da agropecuária, diminuição do consumo e preços de petróleo mais baixos, o que teria resultado em uma redução de valores para níveis inferiores aos de 2007 e 2008.

 

Preço mínimo

 

Por causa dos preços baixos, problemas de transporte e de clima em algumas regiões, o
Ministério da Agricultura interveio no mercado. Até agosto, comprometeu R$ 3,6 bilhões em programas de apoio à comercialização, do tipo garantia de preços mínimos. O valor é o dobro do de 2008 e a previsão é que a cifra aumente. A pasta negocia com o Ministério da Fazenda mais recursos. O objetivo é fechar o ano com gasto de R$ 5,2 bilhões.

 

Na avaliação do coordenador do Sensor Econômico do Instituto de Pesquisa Economica Aplicada (Ipea), Ricardo Amorim, os preços agrícolas teriam chegado ao “fundo do poço”. “A China, que é uma das maiores consumidoras de commodities, não deixará a economia desacelerar muito”, afirma. “Daqui para frente, não deve haver mais quedas de preços nos itens agrícolas. Os movimentos que podem ocorrer são de especulações com os estoques”, conclui.

 

Memória

 

Crise dos alimentos

Entre 2006 e 2008, os preços dos produtos agrícolas se mantivem extremante elevados devido à combinação de demanda mundial alta e produção agrícola baixa. Por isso, ao longo desses anos a população mundial conviveu com o risco de desabastecimento, situação que levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a classificar o período como de crise alimentar. Na época, a instituição responsabilizou a destinação de alimentos para a produção de biodiesel e a especulação financeira com commodities alimentares pela alta dos preços. O relator da ONU, Jean Ziegler, chegou a defender a suspensão da produção de biocombustíveis por cinco anos e acusou especuladores de serem responsáveis por 30% da alta das cotações dos produtos agrícolas.

 


Veículo: Correio Braziliense

Enviar para um amigo
Envie para um amigo
[x]
Seu nome:
E-mail:
Nome do amigo:
E-mail do amigo:
Comentário
 

 

Veja mais >>>

25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar
21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria

Veja mais >>>