O presidente da Pepsico Brasil, Otto Von Sothen, afirmou ontem, durante fórum promovido pela Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia), em São Paulo, que a empresa está avaliando oportunidades de aquisições no Brasil, tanto na área de alimentos, quanto na de bebidas. O executivo evitou dar detalhes e prazos, mas afirmou que o Brasil é foco para a corporação. Analistas do setor, no entanto, esperam há algum tempo que a americana Pepsico se alie à francesa Danone, no Brasil desde 1970.

Sothen disse que a crise financeira global tem afetado os bens de consumo não duráveis de maneira "bastante suave" e que a empresa manteve os investimentos para 2009. "Não cancelamos nenhum investimento, apenas atrasamos alguns para ter certeza de que o consumo interno manteria comportamento positivo. O cenário tem se mostrado favorável para a retomada", afirmou. Segundo ele, além de aquisições, os investimentos serão destinados ao aumento de capacidade instalada e melhoria das instalações.

Nesse sentido, a Pepsico inicia neste ano a construção de fábrica em Feira de Santana, na Bahia, e possivelmente no ano que vem unidade no Distrito Federal, em Brasília. O presidente da companhia não deu detalhes a respeito das novas fábricas, que vão elevar para 13 o número de unidades produtivas no Brasil. Sothen disse apenas que as novas unidades serão destinadas primeiramente para a produção de salgadinhos e posteriormente para a produção das demais linhas de alimentos da empresas.

Além de salgadinhos, a empresa produz leite flavorizado, cereais, peixe enlatado (sardinha e atum) e achocolatados, sendo líder em todas as categorias com exceção dessa última. "Tivemos um final de ano muito bom e estamos tendo um ano até agora bastante positivo em termos de volume e de receita", acrescentou Sothen. A previsão do executivo é a de elevar o volume de vendas em um dígito e a receita em dois dígitos neste ano, mantendo o crescimento acima da média do setor e eventualmente entrando em nova categoria. De acordo com ele, o Brasil é a quarta maior operação em alimentos do mundo da Pepsico, atrás dos Estados Unidos, México e Reino Unido. (A.C.)

Veículo: Jornal do Commercio - RJ