A alta dos preços dos cigarros contribuiu para a elevação do Índice de Preços no Varejo (IPV) da Fecomércio, apurado na capital paulista, passando de 0,16% em abril para 0,25% em maio. Essa é a terceira elevação consecutiva do índice. A alta dos preços do cigarro foi influenciada pela recente medida do governo de aumento do Imposto sob Produto (IPI) para esse produto. No período entre janeiro a maio deste ano, o indicador acumula variação positiva de 0,31%. No acumulado de 12 meses a elevação é de 2,82%.

Dos 21 grupos analisados pelo IPV, 13 registraram alta nos preços. O item Cigarros (10,60%), que faz parte do subgrupo Outros Produtos (10,55%), foi o que mais pressionou o índice, seguido pelo subgrupo de Leites e Derivados (4,24%) que ainda enfrenta os efeitos antecipados da entressafra com a estiagem nas regiões produtoras. Esses dois subgrupos foram responsáveis pelo aumento do segmento de Padarias, que teve a maior contribuição no resultado geral do IPV, registrando alta de 3,41% em maio.

O item Supermercados apontou alta de 0,32% em maio ante a elevação de 0,11% em abril. "Esta é a quinta variação positiva consecutiva deste grupo que tem o maior peso dentre todos os pesquisados. Este tipo de produto sofre pressão devido às condições climáticas pouco favoráveis que prejudicam algumas safras e reduzem a quantidade ofertada, aumentando os preços", explica Júlia Ximenes, economista da Fecomércio. Outro segmento que apresentou alta nos preços foi o de Móveis e Decorações, com elevação de 1,04% no comparativo com abril. Desde maio de 2008, a atividade não registra variações negativas, acumulando alta de 2,14% no ano. "As elevações são atribuídas ao estímulo do governo dado ao setor de Construção que aquecem ligeiramente as vendas dos setores que são complementares", ressalta Júlia.

Embora registre três elevações consecutivas nos preços, os produtos de Vestuário, Tecidos e Calçados ainda acumulam queda de 0,37% em 2009. Em maio, o indicador do segmento elevou-se em 0,32%. Outros setores que finalizaram maio com preços mais elevados foram Veículos (0,29%) e Açougues (0,64%),

Veículo: DCI