Geral
13/04/2009 13:39 - Recém-adquirida pelo grupo Total, Lillo se renova para crescer
A tradicional marca de chupetas e mamadeiras Lillo está se modernizando. A Lillo foi recentemente incorporada à Hutchinson, braço de plásticos e borrachas do grupo petroquímico Total. Em outubro do ano passado o Total já havia anunciado a compra das atividades de cuidados com o bebê da Gerber, adquirida em 2007 pela Nestlé.
O valor da aquisição da Gerber não foi divulgado, mas a empresa informou que a receita com os produtos para bebê da Gerber e marcas associadas é de cerca de US$ 130 milhões, com operações nos EUA, Canadá e América Latina. "Com essa operação o Total fortalece seu foco no mercado de acessórios para bebês, posicionando-se como co-líder mundial, firmando sua estratégia de crescimento e trabalhando sempre com foco na qualidade e no desenvolviemtno da necessidade dos bebês", comunicou, à epoca.
A Lillo foi criada em 1968, mas foi vendida no final dos anos 90 para a Novartis, e incorporada à divisão de nutrição clínica da farmacêutica suíça, que depois vendeu esse negócio para a fabricante de alimentos. Agora, administrada pela Hutchinson - que opera no Brasil desde 1999, depois que comprou a empresa Mucambo, fabricante baiana de luvas de borracha -, a marca Lillo ganha o suporte de uma empresa de manufaturados plásticos que já possui as marcas NUK, de origem alemã, e Tigex, disse o diretor geral das operações da Hutchinson no País, Benoit Descamps.
"A marca Lillo é muito reconhecida no Brasil, o grupo tem uma expectativa de elevado crescimento." Segundo o executivo, a empresa espera que a marca, voltada às classes B e C, cresça entre 15% e 20% ao ano. Para isso, o portfólio de produtos da Lillo está sendo incrementado, especialmente nos segmentos em que a marca não é muito conhecida. O grupo identifica cinco áreas de atuação: gravidez, amamentação, alimentação, higiene, cuidados com a saúde e proteção, mas 80% das vendas da Lillo são de mamadeiras, bicos e chupetas. A linha de produtos da empresa, entretanto, é mais extensa e inclui almofadas para facilitar o sono da grávida e também para amamentação, borrachas para evitar o fechamento de portas e protetores de tomada, entre outros produtos.
"A filosofia da empresa é estar perto das necessidades das mães, o comportamento das mulheres evoluiu, elas estão cada vez mais ativas, por isso precisam de produtos mais práticos", afirmou a gerente de marketing da Lillo, Márcia Pitta. "O que ajuda nosso desenvolvimento na Lillo é a sinergia em pesquisa e desenvolvimento", acrescentou Descamps, que não revelou valores de investimento, mas disse que além dos novos produtos, também houve a criação de uma nova identidade visual para a marca.. "Há planos de expansão da capacidade." A Lillo tem uma fábrica, no Rio de Janeiro, com capacidade para produzir 3 milhões de peças/mês.
Já no que diz respeito à marca NUK, mais voltada ao público A, também está expandindo o portfólio, com o lançamento de produtos que não possuía, como bolsas térmica e de maternidade. No entanto, o crescimento esperado não é tão forte. "Também deve ser de dois dígitos, mas na NUK temos uma posição mais consolidada", disse Descamps. No País, são fabricadas apenas as mamadeiras da marca, em uma fábrica em Ilhéus (BA).
Descamps disse que o País é um dos principais mercados de interesse da companhia, ao lado dos Estados Unidos e da China. "O Brasil tem demanda e um grande potencial." No entanto, o executivo francês que responde pelas operações brasileiras da Hutchinson há três anos, afirmou que o mercado brasileiro é difícil. "A legislação é muito restritiva, não podemos promover ou divulgar mamadeiras, bicos ou chupetas devido ao estímulo ao aleitamento materno", informou Márcia. Em todas as embalagens desses produtos é necessário colocar a mensagem: "O Ministério da Saúde adverte: ‘a criança que mama no peito não necessita de mamadeira, bico ou chupeta. O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica o aleitamento materno". "Isso não existe em nenhum lugar do mundo, e não há pesquisa cientifica que comprove", disse.
Não há dados consolidados sobre o mercado de acessórios para bebês no País. A Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur), que congrega fabricantes, importadores e distribuidores de produtos de puericultura leve (chupetas, mamadeiras) e pesada (carrinhos de bebê, cadeira para autos) divulga apenas dados da balança comercial. Em 2008, foram importados US$ 339,3 milhões em artigos para bebê, 27,9% menos ante 2007. Já as exportações totalizaram US$ 133,37 milhões, queda de 8,05%. No total do faturamento da Hutchinson, a América Latina responde por 25%, ou € 750 milhões dos € 3 bilhões.
Veículo: Gazeta Mercantil

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