Geral
20/10/2016 10:48 - Alimentos voltam aos mercados venezuelanos a preços muito altos
Inflação sobre produtos coloca itens como café e arroz fora de alcance da maioria
CARACAS - Uma coisa estranha começou a aparecer nos supermercados venezuelanos: comida. Após anos de escassez até dos itens mais básicos, as prateleiras voltaram a sentir o peso de bens importados como maionese e margarina do Brasil ou café e arroz da Colômbia. Contudo, a nova abundância tem um preço. Muitos compradores não podem pagar por estes produtos.
— Há óleo e pão, mas é impossível comprar com esses preços. Ganho mais de um salário mínimo, mas ainda assim tenho de limitar o que compro — disse a professora Verónica Parra num supermercado.
Sem anunciar qualquer mudança formal, o governo da Venezuela começou a deixar de impor controles de preços em lojas privadas. Donos de estabelecimentos informam que não veem fiscais desde julho. Em vez disso, o governo ordenou aos fornecedores vender metade de seus produtos ao sistema de distribuição estatal, chamado de Clap, que entrega alimentos subsidiados aos pobres. O restante pode ser vendido ao preço que eles quiserem.
— Houve uma correção de preços por meio de um ajuste sujo que vem sendo realizado pelo governo — disse Asdrúbal Oliveros, diretor da Ecoanalítica, uma consultoria econômica sediada em Caracas. — Sujo porque não houve qualquer reforma econômica de fato, mas o governo tem ignorado os controles aplicados previamente sobre a importação de itens não essenciais.
Existe um sistema duplo de compras: o governo abastece a rede Clap e lojas reguladas pelo Estado com produtos adquiridos a uma taxa de câmbio preferencial de apenas 10 bolívares por dólar. Ao mesmo tempo, o setor privado estoca prateleiras a partir de uma taxa de câmbio secundária, conhecida como Simadi, de cerca de 660 bolívares por dólar, ou pela taxa ainda mais cara do mercado paralelo.
Em muitos casos, os preços superaram níveis internacionais, pois fornecedores compensam prejuízos pelas vendas ao governo cobrando valores excessivos. O ketchup Heinz importado numa loja de Chacao, em Caracas, é vendido a 6.670 bolívares, quase US$ 7 pelo câmbio ilegal das ruas. O preço equivale a 10% do salário mínimo mensal, de cerca de 65.000 bolívares, fora do alcance da maioria dos venezuelanos.
Fonte: Portal O Globo
Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria