Geral
01/04/2009 11:19 - Atacadistas apostam em serviços para crescer
O investimento na ampliação da oferta de serviços como entrega (delivery) e televendas passou a ser uma das prioridades das redes atacadistas este ano para continuar a entregar bons resultados a acionistas e conquistar mais o cliente. Em um momento em que as margens do setor estão mais apertadas, redes como o Makro e o piauiense Grupo Carvalho decidiram ampliar a capacidade logística para atender os comerciantes de food service, nicho em que a demanda por entrega de encomendas cresce.
Depois de registrar um incremento de 7,9% no lucro líquido durante o exercício de 2008, totalizando R$ 99,6 milhões, o atacadista Makro, pertencente à holding holandesa SHV, ampliará o número de lojas com oferta do serviço de entrega, instalado em 30 das 65 unidades no País. "Estamos maturando nosso serviço de entrega a lanchonetes, restaurantes e pizzarias, pois estes clientes também gostam de receber suas encomendas nos estabelecimentos", diz Ronaldo Andrade Júnior, diretor financeiro da rede.
Um indicativo de como o negócio está em ebulição na companhia é que até outubro passado apenas 14 lojas possuíam o Makro Delivery, e hoje ele está presente na metade das unidades. Há alguns anos a rede adquiriu a Apprimus, que era uma parceria entre o atacadista Grupo Martins, a Sadia e o administradora hoteleira Accor Hotels, mas atualmente também trabalha com uma empresa especializada, cujo nome prefere não revelar.
O serviço é cobrado, mas, segundo o diretor financeiro, sua expansão permite à empresa agregar novos clientes à sua base, justamente aqueles que não compram nas lojas. Estima-se que cerca de 30% dos clientes do Makro sejam formados por pequenos restaurantes e hotéis. Ainda em relação à logística, está nos planos futuros da gigante atacadista abrir um centro de distribuição. Hoje, o fornecedor entrega os pedidos em um entreposto, para que depois a carga seja destinada às lojas.
A respeito dos planos de expansão da companhia, este ano será desembolsado a quantia de R$ 240 milhões para a construção de nove pontos-de-venda distribuídos entre as principais capitais e o interior do País. De acordo com Andrade Jr., o aporte será proveniente do próprio lucro da empresa e será 23% maior quando comparado ao ano passado, em que foram abertas oito lojas e reformadas 13. "Algumas grandes capitais têm apenas uma ou duas unidades e comportam até quatro, por isso, voltaremos a expandir nessas localidades, formando um modelo misto de crescimento", definiu o executivo da atacadista.
Frota
Depois de obter ganhos de R$ 1,2 bilhão no ano passado, o Grupo Carvalho, que detém operações no varejo e no atacado, mira faturamento até 8% maior este ano. Em entrevista ao DCI, Reginaldo Carvalho - que comanda os negócios com sua esposa, Evangelita Fernandes Carvalho -, conta que no segundo semestre do ano passado o grupo aplicou R$ 7,5 milhões na compra de 60 caminhões da Volkswagen e Mercedes-Benz, totalizando uma frota de 280 veículos.
"Nossos planos são agilizar o procedimento de entrega ao cliente para enfrentar a concorrência", analisa Carvalho. Também no ano passado foi dobrada a área do depósito central da empresa, agora com 18 mil metros quadrados. Líder no mercado piauiense e considerado um dos maiores da Região Nordeste, o Grupo Carvalho pretende investir R$ 85 milhões este ano na abertura de duas novas lojas de atacado e na reforma de outras. Parte deste valor será proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Nordeste.
A bandeira Carvalho Atacado de Alimentos opera na tradicional modalidade de balcão e obteve aproximadamente R$ 500 milhões do faturamento do grupo todo, em 2008.
Queda
Gigante na modalidade logística, o Grupo Martins, sediado em Uberlândia (MG), registrou no balanço de 2008 um lucro líquido de R$ 36,8 milhões, o que corresponde a uma queda de quase 40% quando comparado ao ano anterior. Procurada pela reportagem, a empresa preferiu não se manifestar. Tal resultado, porém, pode ser atribuído à queda na margem de lucro e também ao aumento da concorrência no setor.
Apesar da queda no lucro, o faturamento da companhia, em 2008, atingiu R$ 3,636 bilhões, acima da receita em 2007, de R$ 3,4 bilhões. A receita líquida de vendas foi superior em 2008 na comparação com 2007. As despesas comerciais e de distribuição subiram para R$ 429,7 milhões ano passado frente a R$ 413,5 milhões em 2007. O grupo atua no atacado e varejo, no comércio e distribuição de bens de consumo duráveis e não duráveis, inclusive produtos farmacêuticos. Além disso, presta serviços de transporte de carga e de logística integrada.
Veículo: DCI

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