Geral
18/03/2009 12:28 - Reckitt Benckiser fatura R$ 1,2 bi em 2008 no País
Apesar de ter sofrido com a desvalorização do real, que impactou diretamente no preço de matérias-primas importadas, a Reckitt Benckiser do Brasil não vê crise no seu principal setor de atuação, o de limpeza. Dona de marcas como Veja, Vanish, Lysol, SBP, entre outras, a companhia fechou o ano passado com faturamento de R$ 1,213 bilhão. Para este ano, a expectativa continua positiva. Segundo Ricardo Monteiro, gerente de mídia da companhia, a previsão é crescer o dobro do setor, o que representa pelo menos 13%. "Mas queremos mais do que isso", disse.
Por conta da desvalorização do real no último trimestre de 2008, a empresa teve que se adaptar aos novos custos de fabricação de produtos que usam enzimas importadas, como o Vanish. "Renegociamos os preços das matérias-primas com os fornecedores", informou Monteiro. Segundo ele, a empresa opta por não fazer hedge (operações de proteção) dos insumos importados, por isso tem se esforçado para minimizar o impacto da desvalorização, que chegou a 50%.
Além da renegociação dos preços dos produtos, um reajuste de 5% nos preços do Vanish - o produto mais afetado - foi feito em fevereiro, segundo Tatiana Carvalho, gerente de marketing da marca. Mesmo com esse repasse e as renegociações, Tatiana disse que a empresa ainda arcará com parte do aumento de custos sofrido nos últimos meses.
Mas isso não deve impactar nas vendas de Vanish - que possui 80,8% do mercado dos chamados alvejantes seguros (sem cloro), responsáveis por 19% do mercado de alvejantes, que movimentou R$ 782 milhões no ano passado -, de acordo com Tatiana. A empresa investirá R$ 60 milhões para divulgar a marca este ano. No total, a Reckitt fará aportes de R$ 500 milhões em pesquisa, divulgação e promoção de toda a linha de produtos, montante 10% maior que o do ano passado.
Segundo Monteiro, as vendas da companhia nesse primeiro trimestre já estão em dois dígitos, como o esperado para o ano.
"Com a crise, as pessoas estão cortando produtos mais caros, como carros e eletrônicos", disse Monteiro. O executivo acredita que os consumidores devem evitar gastos como restaurantes e viagens, o que pode fazer com que permaneçam mais tempo em casa e, assim, impulsionar as vendas de produtos de limpeza. "Além disso, em momentos de crise, os consumidores não querem arriscar e fazer a escolha errada. Eles optam sempre por marcas que já conhecem", afirmou Tatiana. Hoje, o gasto médio mensal do brasileiro com produtos de limpeza é de R$ 24. Com a contenção de custos das atividades extras das famílias que a crise tem provocado, Monteiro acredita que possa abrir uma brecha para ampliar essa média.
A empresa, que possui uma fábrica em São Paulo, não prevê grandes investimentos em aumento de capacidade de produção este ano. Segundo Monteiro, investimentos pontuais ou terceirização de etapas de produção podem ser utilizados para atender demandas específicas, como a de inseticidas gerada nos últimos anos por conta da proliferação da dengue.
Brasil é o oitavo mercado mais importante para o grupo
A subsidiária brasileira do grupo Reckitt Benckiser, presente em 64 países, é a oitava mais importante do mundo. Segundo Ricardo Monteiro, gerente de mídia da empresa no Brasil, a ampliação dos investimentos este ano, que atingirão R$ 500 milhões, é uma prova da confiança da matriz no País.
A empresa está presente no Brasil desde 1924, quando a Atlantis - parceria entre a J&J Colman e a Reckitt & Sons que já atuava na Argentina - começou a produzir o alvejante Anil em Mauá, São Paulo. Na sequência, a empresa expandiu o portfólio com a produção de tintas e ceras, comprou a Companhia Química Duas Âncoras e, em 1974, concluiu a aquisição da Globo S.A. Tintas e Pigmentos.
Na década de 90, a companhia comprou mundialmente a Boyle-Midway (laboratório Anakol no Brasil). Após essa aquisição, a empresa passa a se chamar Reckitt & Colman e vendeu a Globo Tintas. Em 1999, a Reckitt se uniu a holandesa Benckiser, dando origem ao atual grupo, que fechou 2008 com faturamento de 6,6 bilhões de libras, alta de 13%.
Veículo: Gazeta Mercantil

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