Geral
19/02/2016 10:50 - Preços do café no mercado internacional passam por um ciclo de instabilidade
Os preços do café despencaram nas bolsas de futuros na semana passada, perdendo suportes que vinham sendo conquistados. No Brasil, o mercado encontrou melhor sustentação no físico, diante da resistência dos vendedores, embora também aqui as cotações tenham cedido. O feriado de Carnaval naturalmente deixou a comercialização travada internamente, ainda mais com Nova York tendo fortes perdas para o arábica, assim como Londres no robusta.
Segundo o analista de Safras & Mercado Gil Barabach, a bolsa de Nova Yorque para o arábica rendeu-se aos sinais de fraqueza técnica. “Isso frustrou as esperanças de alta dos vendedores. O fato é que o café se ressente de apoio fundamental. E, sem isso, é difícil segurar uma trajetória de alta de forma mais consistente ou alterar a tendência de longo prazo do movimento de preço”, comenta, em relatório semanal divulgado pela empresa de consultoria em agronegócio.
Ainda há o cenário macroeconômico preocupante. De acordo com Barabach, o café segue muito vulnerável a questões financeiras, especificamente à flutuação do dólar no mundo. O “efeito China” e as dúvidas em torno dos juros nos EUA trazem insegurança e volatilidade ao mercado financeiro, que, por extensão, mexe com o preço da bebida nas bolsas mundiais. Sem uma grande novidade sobre os fundamentos de mercado, o café tende a seguir refém desse ciclo financeiro no curto prazo, observa.
Fluxo externo - “No lado fundamental, o bom fluxo externo vem garantindo o abastecimento nesse período de inverno no hemisfério Norte. O volume recorde exportado pelo Brasil em 2015 ajuda a trazer comodidade ao abastecimento. E mesmo com o fluxo arrefecendo do lado do Brasil agora em janeiro, não há receio entre os compradores. É que, a menor disponibilidade brasileira deve ser compensada por compras em outras origens. As indústrias mundiais bem compradas de origem Brasil agora concentram seu fluxo mais pesado na Colômbia e Vietnã, que estão mais agressivos no mercado”, analisa Barabach.
Para completar, espera-se uma boa safra brasileira este ano, com as chuvas continuando a ajudar a granação. Isso naturalmente pesa sobre as cotações das bolsas. No mercado físico brasileiro, as cotações permaneceram mais equilibradas, com o feriado tornando a atividade mais lenta e com os agentes sempre atentos ao dólar. No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa caiu de R$ 515,00 a saca no dia 5 para R$ 505,00 no dia 11. Já o conilon tipo 7, em Vitória (ES), recuou de R$ 395,00 para R$ 393,00.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG
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