Geral
14/01/2016 10:00 - Estresse cotidiano eleva a compra por impulso
O estresse do cotidiano impulsiona 36,3% dos brasileiros a realizarem compras para relaxar, revelou ontem uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
De acordo com o estudo, as compras são uma forma de aliviar a tensão do dia a dia, e o hábito vem principalmente das mulheres (43,7%) e dos consumidores das classes A e B (40,2%).
O estudo aponta ainda que 3 em cada 10, ou 29,5% dos entrevistados, concordam que fazer compras melhora o humor e 24,5% confessam realizar compras quando se sentem deprimidos.
As mulheres são mais suscetíveis às emoções quando compram por impulso - o estudo revela que elas admitem sentir prazer ao comprar algo sem planejar (37,7% contra 26,5% dos homens), além de serem as que mais citam o ato de fazer compras como o tipo de lazer preferido.
Ansiedade
Quando o assunto são compras por impulso, as mulheres também são maioria. (30,5% contra 18,3% dos homens). O estudo mostra ainda que 40,3% dos entrevistados estão ou já estiveram com o nome sujo por extrapolar nas compras sem pensar.
A maior parte dos entrevistados (44,5%) não consegue resistir aos próprios desejos porque acredita que se não realizar aquela compra, mesmo que o produto seja desnecessário, vai desperdiçar uma "boa oportunidade".
Outros 36,9% admitem que quando surge o desejo de comprar algo, eles não sossegam enquanto não concretizarem a compra, sobretudo as mulheres (41,6%).
O apelo ao consumo pode ser tão intenso que os consumidores apaga - por alguns momentos - a própria realidade financeira. Segundo o estudo, 30,7% admitem que ao ver um produto atrativo não pensam nas consequências da compra antes de fazê-la e mais de um quarto, ou 25,8% dos entrevistados, reconhecem não ter o costume de avaliar todos os aspectos envolvidos numa compra.
Diminuir os danos
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, estabelecer um controle orçamentário ajuda o consumidor a ter uma visão mais ampla das pendências financeiras, além de evitar que o dinheiro comprometido com gastos fixos e inadiáveis seja gasto impulsivamente em compras momentâneas.
Nesse começo de ano, para a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat, a consumidora precisa ficar atenta aos gastos. "Outro problema são as despesas parceladas feitas para o Natal", diz. "Antes de pensar nas liquidações, o consumidor precisa colocar no papel o que deve ser pago e verificar se a renda da família cobre todas as contas."
Veículo: Jornal DCI
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