Geral
07/12/2015 10:33 - Veículos e eletrônicos são os mais prejudicados
A queda recorde da produção industrial, que chegou a 7,8% de janeiro a outubro, esconde situações ainda piores em alguns setores. Pelo menos dois segmentos - veículos e eletrônicos - perderam cerca de 25% de sua produção no ano. Apenas em outubro, a queda chegou a cerca de 35%, conforme levantamento do Instituto de Estudos da Produção Industrial (Iedi).
Dos 26 setores pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 16 tiveram quedas de mais de 10%. Em segmentos importantes, a perda chegou ou ultrapassou 20%, como máquinas e aparelhos elétricos, móveis e têxteis.
“A indústria é o epicentro dessa crise em razão da queda do investimento. O padrão atual é produzir apenas o equivalente a 80% de um ano atrás”, afirma Julio Sérgio Gomes de Almeida, ex-secretário de política econômica do ministério da Fazenda e consultor do Iedi.
O setor de informática, eletrônicos e produtos ópticos é o líder em perdas da indústria, com queda de 35,8% em outubro e 29,2% no ano.Tradicionalmente muito volátil, o setor está sofrendo com o encarecimento do crédito e a desconfiança do consumidor, além de um vácuo de inovação tecnológica.
Desconfiança - “Existe um nível de desconfiança muito grande por causa das crises econômica e política. As pessoas estão com medo de gastar”, afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato.
No setor de veículos, reboques e carroceiras, a queda da produção é de quase 35% em outubro e de 24,6% no acumulado do ano. Nesse caso, também são preocupantes o encarecimento do crédito e o impacto da crise na confiança, mas o setor está pagando o preço da antecipação das vendas.
Em razão dos incentivos fiscais concedidos nos últimos anos, as vendas de carros e caminhões explodiram. Com a retirada dos benefícios e o aumento da inadimplência, os negócios despencaram.
Mesmo em setores menos voláteis da indústria, a situação é crítica. Em têxteis, a queda na produção é de 13,7% no acumulado do ano, mas chega a 20,8% em outubro. Em máquinas e equipamentos, um termômetro importante do investimento, o recuo na produção é de 18,6% em outubro e de 13,6% no ano.
“A situação está piorando, porque o investimento no país parou. Infelizmente ainda não temos indicações de que chegamos ao fundo do poço”, afirma o presidente-executivo da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.
As projeções do Iedi apontam para uma queda da produção brasileira de 10% no ano, um resultado ainda pior que o recorde de 7,8% de janeiro a outubro. Os setores consultados não veem perspectivas de recuperação em 2016 por causa do agravamento da crise política, que culminou na abertura do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG
Veja mais >>>
25/10/2024 15:51 - Presente em 98,8% dos lares, macarrão é categoria potencial para varejo alimentar21/08/2024 17:56 - Consumidores brasileiros focam em alimentação saudável
28/06/2024 10:21 - Como será o consumidor de amanhã?
27/06/2024 09:15 - Show de Paul McCartney em Floripa tem apoio do Angeloni Supermercados
25/06/2024 08:58 - Supermercados “étnicos” ganham força no varejo americano
24/06/2024 11:22 - Grupo Pereira reforça inclusão no mês dos Refugiados e Imigrantes
24/06/2024 11:22 - Roldão beneficia 200 crianças com Arraiá Solidário
24/06/2024 11:10 - Mais uma inauguração: Rede Bom Lugar chega a São Miguel Arcanjo (SP)
24/06/2024 11:07 - Sam’s Club e Atacadão chegam juntos em João Pessoa (PB)
21/06/2024 09:04 - Sadia celebra os seus 80 anos em grande estilo
20/06/2024 09:07 - Supermercados Pague Menos participa de ações de empregos
19/06/2024 09:15 - Supermercadistas criam vídeos virais e atraem clientes
18/06/2024 08:54 - Grupo Savegnago abre 500 vagas de emprego para pessoas com mais de 50 anos de idade
18/06/2024 08:53 - Natural da Terra anuncia Paulo Drago como novo CEO
18/06/2024 08:50 - Coop anuncia novos executivos em sua diretoria