Produção em outubro registrou uma pequena melhora em relação a setembro, aponta a sondagem da Fiemg.

Depois de ter batido recorde negativo em outubro, ficando em apenas 31 pontos, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei/MG) subiu um pouco neste mês. As expectativas do empresariado mineiro seguem pessimistas (32,8 pontos), porém menos que no mês anterior. Esse número está 20 pontos abaixo da média histórica do índice (52,8 pontos) e 7,5 pontos mais baixo do que o pessimismo registrado em igual período do intervalo anterior. O Icei mineiro também ficou abaixo do nacional, que registrou 36,4 pontos.

A pesquisa, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e divulgada na sexta-feira, mostrou que os empresários de pequeno porte são os mais pessimistas (29,9 pontos). Já o indicador das médias e grandes empresas mostrou 31,7 e 34,8 respectivamente.

Segundo o Icei/MG, na percepção dos empresários, as condições de negócio (24,6 pontos) estão muito insatisfatórias. Atualmente, o descontentamento é maior com a economia brasileira (17,9 pontos) e a do Estado (18,7 pontos) do que com a própria empresa (27,9 pontos).

Para os próximos seis meses, as expectativas também continuam negativas (36,9 pontos) e estão presentes em todos os portes e segmentos de empresas pesquisadas. As expectativas para a economia do País e do Estado são as mais negativas, com 28,7 e 29,6 pontos, respectivamente, enquanto o indicador da própria empresa ficou bem acima: com 41,0 pontos.

Produção - A Sondagem Industrial da Fiemg também mostrou que o indicador de produção de Minas Gerais em outubro continuou negativo (42,0 pontos). No entanto, houve pequena melhora em relação a setembro (39,1 pontos). "Mas não o suficiente para elevar o índice acima dos 50,0 pontos", aponta a pesquisa.

As empresas de médio e grande portes também registraram melhora no índice em relação à pesquisa anterior e apenas as empresas de pequeno porte apresentaram uma redução mais intensa na produção.

Já o indicador de emprego apresentou recuo no mês passado, ficando em 40,2 pontos. Segundo a sondagem, apesar de menor, o índice sinaliza relativa estabilidade em relação ao apurado na última pesquisa 41,4 pontos, dada a margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo.

Por outro lado, diante da queda na atividade, a pesquisa também revela que as empresas estão conseguindo ajustar o nível de estoques, com redução nos estoques de produtos finais (47,9 pontos) e fechamento do mês com estoque dentro do planejado (49,9 pontos).

A pesquisa da Fiemg indica que as expectativas dos empresários em relação à demanda continuam pessimistas. Nos próximos seis meses, eles acreditam que deve haver redução nos pedidos (40,9 pontos), na compra de matéria-prima (38,6 pontos), nas contratações (38,9 pontos) e nas exportações (41,4 pontos).

O índice de intenção de investimento, como já era esperado, manteve-se em níveis baixos (35,4 pontos). Porém, se levado em conta a margem de erro da sondagem, que é de quatro pontos, o resultado mostra estabilidade em relação à pesquisa de outubro.

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG