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28/09/2015 12:53 - Frete dispara e obriga empresas a agir rápido para manter contratos

Lei do Caminhoneiro, alta do pedágio e do combustível pressionam custos das transportadoras, que investem em TI, otimização de rotas, capacitação de motorista e até entrada na cabotagem

Enquanto a inflação, medida pelo IPCA, cresceu 44,04% de janeiro de 2010 a agosto de 2015, o valor do frete no Brasil avançou o dobro, indo a 110% no período. Fatores como a Lei do Caminhoneiro, alta do preço do combustível e encarecimento dos pedágios aparecem como os maiores vilões das transportadoras, que estão enxugando todos os custos para tentar manter contratosneste ano.

"A dependência de setores como o agrícola do modal rodoviário tem estrangulado produtores e diminuído as margens de lucros das transportadoras", diz o especialista em transporte de cargas e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Gonçalo.

Para o futuro, e de mais encarecimento, em função do avanço do preço do diesel, anunciado semana passada pela Petrobras. "Com esse aumento [de 5,4% no óleo diesel] projeta-se alta de até 7% ainda este ano", disse ele.

De opinião similar partilha o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas. Segundo a entidade, no Estado do Mato Grosso, principal exportador de grãos, a alta no custo do frete pode chegar a 30% até março de 2016.

Segundo a Associação dos Exportadores de Cereais, o impacto maior veio com a Lei 12.619, ou Lei dos Caminhoneiros. A legislação impõe novas normas aos motoristas que pressionaram as transportadoras este ano.

Alternativas

Há 20 anos no mercado de transporte de carga fracionada rodoviária, a TGA Logística anunciou integração de seus serviços para cabotagem como alternativa às rodovias. Segundo a empresa, a expectativa de retorno sobre o investimento (ROI) são seis meses na primeira fase, quando deverão ser consolidadas cerca de 40 TEUs/mês de carga fracionada, dry (seca) e refrigerada.

Apesar de entrar na cabotagem, o foco da empresa não é concorrer com os armadores. Para o diretor de cabotagem da TGA, Álvaro Fagundes, o foco da operadora logística é a carga fracionada.

"Do total da carga do modal rodoviário presente no mercado, com potencial para migrar para a cabotagem, 25% são fracionados", diz. Antenada com o crescimento de 12% do setor de cabotagem no 1º semestre deste ano, a empresa já se prepara para o segundo semestre, de olho na otimização dos negócios. "Nosso interesse não é apenas no business da cabotagem", conta o diretor executivo da TGL, Adilson Santos, lembrando que a cabotagem possui hoje o menor custo de transporte e de seguro, além de menos avarias e sinistros e consumo de combustível na comparação com outros modais. "Estamos nos alinhando a um modal econômico, seguro, sustentável e que promove menos poluição e desgaste da malha rodoviária", diz Santos.

Nas estradas

Para manter operação, o diretor comercial da transportadora VAJLog,Wagner Lestingil explica que não consegue baratear os custos da operação, mas fiscaliza-los. A empresa faz um controle de combustível, de pneus, medição de produtividade que inclui a adequação da estrutura física com a realidade de mercado. "Usamos, por exemplo, veículos modernos com telemetria ou software de gestão, que calculam relação de tempo e trajeto percorrido com o consumo do diesel." Segundo Lestingil, a empresa tem estudos que demonstram que os controles, somados ao treinamento de motoristas, podem reduzir até 12% o gasto com combustível e pneus da frota

A transportadora também reajustou preços de frete. De janeiro a agosto deste ano, o reajuste de preço do frete foi de 7,33% , corrigido pelo Índice Nacional do Custo de Transporte de Carga (INCT) em 2015. Os reajustes de preço só serão realizados no aniversário de cada contrato.

De acordo com o diretor comercial da VAJLog, apesar de realizar o reajuste de preço em linha com o índice apontado pelo INCT, o setor tem uma defasagem de no mínimo 8% que não consegue ser repassada nesse momento, em função da crise econômica.

O diretor também ressaltou que as transportadoras não conseguem reduzir os custos das despesas na mesma proporção da diminuição do volume de produtos transportados.

Concorrência desleal

Outro grande agravante que o setor enfrenta é a concorrência desleal. "Ao invés de concorrência, existe uma canibalismo nas empresas. Muitas companhias têm aumentado o seu endividamento e achatam o preço do frete para manter ou conquistar clientes", detalha o diretor comercial.

A Ativa Logística, que também atua no ramo de transportes, assim como a VAJLog, está sentindo dificuldades de repassar os custos da operação para o preço do frete.

No acumulado do ano, a empresa fez um reajuste de 14% nos preços de frete. "O valor ficou acima do que esperávamos e mesmo assim não conseguimos repassar todos os custos", afirmou o CEO da Ativa Logística, Clovis Gil.

Para melhorar operação, a empresa tem investido em tecnologia e aprimoramento de rota. "Estamos investindo em otimização de rota com veículos de transferência. Aproveitamos o caminho e conseguimos manter o prazo", diz Gil.

Para ele, o cumprimento da data da entrega também é um atributo significativo na hora em que as empresas precisam escolher uma transportadora.



Veículo: Jornal DCI

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