Especializada na produção e comercialização da soja e seus derivados, a Algar Agro - empresa do segmento agrícola do grupo Algar - expande sua área de atuação e se torna autossuficiente na produção de embalagem de óleo de soja com a instalação de uma fábrica de garrafas PET. Com potencial de produção de 35 milhões de unidades por mês, a planta em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, recebeu investimentos de R$ 40 milhões e deve gerar até 58% de economia no custo de embalagem.

O coordenador do projeto, Edney Valente Lima Filho, explica que a proposta foi desenvolvida por cinco funcionários da empresa que tinham o intuito de trazer maior eficiência para a Algar Agro. "Identificamos uma oportunidade de autossuficiência na produção de embalagem para óleo de soja, o que geraria otimização dos custos e quebraria a dependência de terceiros", afirma. O projeto conquistou o primeiro lugar na 14ª Mostra Algar Inovação, realizada em junho deste ano.

De acordo com Lima Filho, os aportes de R$ 40 milhões foram destinados à construção da fábrica em Uberlândia, assim como para a aquisição de equipamentos e treinamento de mão de obra. A nova unidade vai gerar 25 empregos diretos e economizar 58% do valor gasto até então com a compra de embalagens de terceiros.

O coordenador explica que o PET será 100% virgem e contará com matéria-prima originária do Porto de Suape, em Pernambuco. "Vamos receber a resina granulada de um fornecedor exclusivo do Suape. Essa resina vai para a preforma em Uberlândia e depois será transformada em garrafa nas duas unidades da Algar Agro: em Uberlândia e em Porto Franco, no Maranhão", explica. Para atender à demanda das duas plantas da empresa, o grupo investiu em duas máquinas injetoras e uma sopradora em Uberlândia, além de uma máquina de sopro em Porto Franco.

Sustentabilidade - A embalagem produzida pela Algar será de 900 ml e será a mais leve do mundo. Com 14 gramas, ela supera a recordista até então, que pesava 16,3 gramas, e ainda tem quatro gramas a menos que a embalagem que a empresa comprava. Essa redução afeta diretamente a quantidade de resíduos sólidos gerados na produção da embalagem, que passa a ser 28% menor. "Sustentabilidade está no nosso DNA, então esse projeto nasce da necessidade de melhoria de eficiência e de redução de custo, mas a sustentabilidade também é nosso foco", ressalta.

Lima Filho afirma que inicialmente a empresa vai focar na produção de embalagens de 900 ml para demanda interna. Entretanto, ele destaca que a fábrica tem potencial tanto para diversificar os tipos de garrafas quanto para vender para terceiros. "O projeto visa à autossuficiência na produção de embalagem de óleo de soja de 900 ml. Mas há a possibilidade de fabricar garrafas de 500 ml e 9 litros", diz o coordenador. De acordo com ele, atualmente a fábrica tem demanda de 25 milhões de unidades por mês, mas tem capacidade para produzir até 35 milhões de unidades mensais.

Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG