Geral
04/08/2015 10:08 - Feira Shop diversifica área de atuação
Centro de compras com 1.900 lojistas agora parte para o aluguel de espaço para merchandising de empresas
Com 22 anos de atuação em Belo Horizonte e região metropolitana, a Feira Shop já se tornou referência no comércio local de moda feminina e tem garantido sua expansão por meio do aluguel de seus 1.900 lojistas. De olho em um crescimento ainda maior, a empresa está adotando novas estratégias para diversificar a geração de renda. Nos últimos meses, a Feira Shop ampliou seu mix para além dos produtos de moda e está alugando seu espaço para merchandising de grandes marcas, como MRV e Coca-Cola.
A diretora de Marketing, Fabiana Lopes, explica que o modelo da Feira Shop foi trazida a Belo Horizonte em 1993, inspirado em centros comerciais de São Paulo. Na época, o proprietário, Obregon de Carvalho, entendeu que a feira teria sucesso na cidade, que tinha muitos empreendedores interessados no mercado, mas com pouco capital para investir numa loja física.
A primeira unidade foi aberta no Barro Preto, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, bairro que já demonstrava forte vocação para moda. Hoje, a empresa tem 20 feiras, sendo 13 no centro da Capital, duas em Venda Nova, duas no Barreiro, duas em Contagem e uma em Betim. Ao todo, são 1.900 lojistas que pagam aluguéis de valores diversos, que vão desde R$ 700 a R$ 6 mil.
De acordo com a diretora, a empresa planeja abrir novas unidades ainda neste ano em Belo Horizonte, mas ainda não há definição da quantidade e bairro. Mas ela garante que as próximas localizações das feiras serão regiões de muito movimento. "As lojas são abertas em pontos com grande fluxo de pedestres, vias de muito movimento, com ponto de ônibus na porta. A feira é um lugar onde as pessoas passam em frente e entram, então não podemos ir para um lugar distante, uma rua desconhecida ou uma BR, onde os clientes tenham que ir de carro", diz.
Segundo Fabiana Lopes, a feira recebe cerca de 800 mil visitantes únicos por mês, mas como a maioria dos clientes volta pelo menos duas vezes ao comércio, as lojas têm circulação mensal de 2 milhões de pessoas. De acordo com pesquisa encomendada pela Feira Shop, 95% do público são mulheres de 18 a 65 anos. Mais da metade é da classe social B e o restante fica dividido entre classes A e C. A predominância do que é vendido na feira é de artigos de moda feminina mas, nos últimos meses, a empresa tem apostado na diversificação do mix.
"Estamos tentando trazer uma experiência de compra mais vasta para os clientes da feira com produtos como telefonia, alimentação, pet-shop, sorveteria e até roupa masculina, pois as mulheres também compram para homens", afirma. De acordo com a diretora, o objetivo é trazer para a feira comércios que, apesar de não oferecerem produtos específicos para as mulheres, também precisam do público feminino e vão encontrar no espaço uma clientela concentrada. Entre as empresas que acabam de chegar à Feira Shop com um produto diferente da moda feminina é a Claro. A empresa alugou duas lojas da feira, sendo uma no Barreiro e uma em Contagem.
Outra estratégia recente é o aluguel de espaços para o merchandising de grandes marcas. Segundo a diretora, nos últimos meses, a Feira Shop tem sido muito procurada por empresas que têm o interesse de aproveitar o movimento do comércio para divulgar produtos e promoções. "Já tivemos estandes da MRV, da Coca Cola, da Construtora Rossi, da Natura e de faculdades que querem divulgar seus vestibulares. A Volkswagen também já fez merchandising e colocou um carro dentro da feira", relata. Ela destaca que essa estratégia aliada à ampliação do mix trarão grande acréscimo ao faturamento da empresa.
Apoio - Desde que foi criada, a Feira Shop atua com um modelo que favorece os micro e pequenos empreendedores. Isso porque oferece contratos simples de aluguel mensal, de forma que se o inquilino precisar sair, ele só precisa avisar com 30 dias de antecedência e não paga multa. Além disso, há preços para todos os bolsos. Segundo Fabiana Lopes, os valores dos aluguéis variam de acordo com o bairro e posição dentro da feira, girando em torno de R$ 700 a R$ 6 mil.
De acordo com a diretora, a feira recebe todos os tipos de empreendedores, desde estudantes de moda que querem testar o mercado, passando por sacoleiras que desejam um comércio mais organizado, até pessoas que foram demitidas e usam o acerto para investir em uma loja na feira. A diretora destaca que há também empresários bem-sucedidos e com várias lojas, mas explica que a maioria chega mesmo sem experiência e encontram na Feira Shop uma maneira mais fácil e barata para começar.
"A maioria dos nossos lojistas nunca teve um negócio antes, então nós temos que cuidar deles de forma especial nos primeiros meses. Logo no início, oferecemos consultoria de design de loja e três meses gratuitos de exposição na nossa revista de ofertas. Além disso, cedemos a placa, oferecemos criação de logomarca e registro de microempreendedor", enumera.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG
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