Geral
01/07/2015 14:42 - Venda de lâmpadas incandescentes de 60 watts está proibida
Medida vale a partir de hoje. É que o produto tem baixa eficiência energética.
A partir de hoje está proibida, em todo país, a comercialização de lâmpadas incandescentes de 60 watts. Apesar de ser a mais utilizada nas residências brasileiras, desde o ano passado o produto já vinha cedendo espaço nas lojas para outros modelos de lâmpadas mais caras, porém, com maior eficiência energética. Ontem, em Belém, em várias lojas, já não havia mais lâmpada incandescente para venda. O Instituto de Metrologia do Pará (Inmetro) anunciou que durante o mês de julho deve reforçar a fiscalização não apenas nas lojas, mas também nos fabricantes e importadores do produto.
A medida atende a cronograma estabelecido pela Portaria Interministerial 1007 dos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, de dezembro de 2010, que fixou índices mínimos de eficiência luminosa para fabricação, importação e comercialização das lâmpadas incandescentes de uso geral em território brasileiro.
O prazo que vence hoje é apenas para as lâmpadas de 60 watts, que deixaram de ser fabricadas no ano passado. Já as incandescentes de 25 e 40 watts - menos comuns no mercado - ainda podem ser vendidas por mais um ano. Para estas a proibição será apenas em junho de 2016.
O gerente de fiscalização de objetos regulamentados do Inmetro Pará, Jorge de Figueiredo, informou que as lâmpadas que forem encontradas nas prateleiras ou no estoque das lojas serão confiscadas. De acordo com informações do site do Inmetro, as empresas que infringirem a regra também estão sujeitas à multa que varia de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.
“Esta norma foi regulamentada com o objetivo de aumentar a participação no mercado dos modelos com maior eficiência energética, que consomem menos energia. As lâmpadas incandescentes devem ser substituídas por outros modelos, como as fluorescentes ou de LED que, apesar de mais caras, possuem mais economicidade e durabilidade”, afirmou.
As lâmpadas incandescentes custavam entre R$ 1 e R$ 1,50. Em substituição a elas, o consumidor tem, basicamente, outras duas opções de lâmpadas domésticas: lâmpadas fluorescentes compactas e lâmpadas LED. A primeira, que no mercado de Belém é encontrada a preços que variam entre R$ 8 e R$ 10,50, é de quatro a cinco vezes mais eficiente do que as incandescentes, economiza cerca de 70 a 80% de energia para produzir o mesmo volume de luz e têm uma vida de 6 a 10 vezes maior. Já as lâmpadas LED, que custam entre R$ 24 a R$ 80, têm uma eficiência de 80 a 90% superior às incandescentes e uma vida útil de 25 a 30 vezes maior.
“A lâmpada incandescente pode até aparentar ser mais barata porque custa menos, mas quando se analisa eficiência e durabilidade, ela acaba sendo a mais cara no final”, afirmou o gerente do Inmetro, que ressalta que além do tipo de lâmpada, o consumidor deve estar atento aos selos de qualidade do produto. Todas as lâmpadas devem ostentar na embalagem a etiqueta nacional de conservação em energia (ENCE), que indica a eficiência energética, fluxo de luminosidade e vida útil do produto.
Nas grandes lojas de material de construção de Belém, ontem, já não foi possível encontrar as lâmpadas incandescentes de 60 watts. O gerente do setor elétrico, José Maria Gomes, explica que as últimas vendas deste tipo de produto ocorreram em dezembro de 2014. No estoque, restavam apenas 120 unidades da incandescente de 40 watts. “Antes já tínhamos deixado de comprar porque diziam que iam acabar. No setor elétrico, assim como o de Farmácia, as normas mudam muito, portanto, você tem que ficar atento aos prazos de validade”, afirmou.
Ele explica que mesmo antes da proibição, o próprio mercado já sentia uma mudança gradativa de costumes. “O nosso público já vinha buscando mais as lâmpadas compactas e as de LED por conta dos sucessivos aumentos da conta de energia”, afirmou.
Situação confirmada em outra loja situada no bairro do Umarizal que deixou também de comercializar as incandescentes desde o ano passado. O gerente Elinaldo Agra explica que hoje a lâmpada mais vendida é a compacta que é mais econômica que a de 60 watts, mas ainda menos eficiente que a LED. “Mesmo assim, a tendência é se inverter. Porque as próximas a serem substituídas são as fluorescentes. Até lá também o custo das de LED deve cair mais um pouco”, afirmou.
Foi em busca de mais economia que a corretora de imóveis, Dora Nahum, resolveu trocar as lâmpadas que tinham em casa por outras mais eficientes. “Tem que analisar o custo benefício. Resolvi experimentar”, afirmou. Mas não foram apenas nas grandes lojas que as incandescentes sumiram das prateleiras, nos pequenos mercados também. A diferença é o foco do consumidor. “A gente não vende mais faz dois meses porque disseram que não estavam mais fabricando, mas o cliente tem reclamado muito porque esta era a mais barata”, afirmou Alfredo Gomes, vendedor de um mercadinho na Sacramenta.
Veículo: Jornal O Liberal - PA
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