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24/06/2015 08:49 - Cenário de recessão econômica já prejudica mercado interno de cacau

                                Lá fora, El Niño causa chuvas excessivas na África e gera quebra nas safras de Gana e Costa do Marfim, os maiores exportadores; por baixa qualidade, Brasil não pode atender nova demanda



São Paulo - A diminuição no poder aquisitivo das famílias brasileiras tirou da lista de compras os produtos que não fazem parte das necessidades básicas, dentre eles o chocolate. A indústria processadora de cacau caminha para o terceiro ano de queda e falta qualidade para que a exportação seja a saída.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e derivados (Abicab), mostram que a Páscoa deste ano registrou baixa de 30% nas vendas, em relação a 2014. "Isso já é um reflexo da situação econômica do País. Não vemos nenhum horizonte de recuperação. Se nosso resultado empatar com o do ano passado, é muito", diz o secretário executivo da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Walter Tegani.

De acordo com o executivo, em 2014 foram processadas 224 mil toneladas de cacau. Para este ano projeta-se uma retração média de 10%, o que levaria a um volume próximo de 200 mil toneladas. Se a expectativa for consolidada, esta será a terceira queda consecutiva no segmento e o menor volume processado desde 2004.

Estrutura

No Brasil, a cadeia produtiva do chocolate é formada, basicamente, por quatro etapas: o produtor; o intermediário que recebe a amêndoa e encaminha para o processo industrial de subprodutos distintos (chocolate, manteiga de cacau, por exemplo); a indústria e o varejo.

Na última semana, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu com representantes dos cacauicultores e defendeu o fortalecimento da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O objetivo é fazer com o que o País volte a ser um grande exportador desta commodity, cujo espaço no mercado internacional foi perdido após a proliferação da praga vassoura de bruxa, no final da década de 80. Segundo produtores do sul da Bahia, entre os anos 1991 e 2000, o Brasil teve sua produção anual reduzida de 320,5 mil toneladas para cerca de 190 mil. No período, a participação entre os exportadores passou de 14,8% para 4%.

A movimentação da pasta agrícola aparece no momento em que a saída para o setor é a exportação. "A única expectativa positiva que temos até agora é o mercado externo, mas enviamos para a América do Sul e eles também estão comprando menos", conta Tegani.

Mercado externo

O diretor de inteligência de mercado da consultoria FCStone, Thadeu Silva, explica que, lá fora, os preços do cacau estão altos em função de condições climáticas ruins na África - que responde por 67% da produção global da cultura.

Entretanto, a indústria segue abastecida e, consequentemente, fora das compras. Segundo informações do Mercado do Cacau, ontem (23) as cotações em Nova Iorque encerram no negativo, porém, a US$ 3.238. Por aqui, os preços ao produtor baiano operaram na faixa de R$ 120 a R$ 134,5 por arroba.

"Temos relatos de prejuízo em Gana e fortes chuvas em Costa do Marfim, atrasando a entrega nos portos e espalhando doenças nas plantas. Mesmo com a quebra de safra, o Brasil não consegue cobrir esta lacuna, pois estes dois países produzirão neste ano algo em torno de 750 mil e 1,4 milhão de toneladas, respectivamente, com qualidade grau A. Por outro lado, nós colheremos até 230 mil e com o nível inferior, entre C e D", afirma o analista da FCStone, Fábio Rezende.

Silva acrescenta que é difícil estimar a produção africana, pois a infraestrutura é extremamente precária e os números citados estão sujeitos a oscilações inesperadas.

Mesmo com a má situação interna e o baixo nível de qualidade, o Brasil também consegue embarcar a amêndoa para os Estados Unidos e México, mas vale lembrar que os problemas macroeconômicos afetaram o consumo das famílias de maneira geral e, de acordo com os analistas, a demanda global por chocolate tem apresentado redução.



Veículo: Jornal DCI

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