Geral
18/06/2015 13:01 - Setor diversifica oferta de monitores
Clientes corporativos e jogadores de videogame estão na mira das fabricantes neste ano. No primeiro trimestre, a venda de monitores registrou queda de 43%, totalizando 740 mil unidades
São Paulo - A demanda de clientes corporativos e jogadores de videogame pode ajudar fabricantes de monitores a conter a retração na produção. Nos últimos anos, a categoria tem sido impactada pela queda na venda de computadores.
Segundo o analista de mercado da consultoria IDC Brasil, Wellington La Falce, esse movimento de retração das vendas era esperado, considerando que tanto a categoria de monitores quanto a de computadores, está consolidada no mercado brasileiro.
"Essa queda acompanha naturalmente o segmento, que vem sendo afetado por fatores como a preferência do consumidor pelos notebooks, e tecnologias como all in one, na qual a CPU e o monitor são integrados", observa ele.
No primeiro trimestre desse ano, foram vendidos cerca de 740 mil monitores no mercado brasileiro, segundo levantamento feito pela consultoria. O volume é 43% menor em relação ao mesmo período de 2014.
No Grupo TPV, fabricante das marcas AOC e Philips, o volume de vendas nos primeiros três meses do ano ficou 20% abaixo do esperado. "Passamos por um trimestre bastante ruim, como o mercado de maneira geral, mas conseguimos uma reação em monitores a partir de março", conta o gerente de produtos de tecnologia da informação do TPV, Bruno Morari.
Estratégia
Ele afirma que, para driblar a desaceleração do mercado, o TPV investe em duas frentes: os produtos de entrada e de maior valor agregado. "O varejo continua procurando muito o preço atrativo, para isso temos sempre o monitor de primeiro preço na marca AOC. Já na Philips comercializamos os monitores de maior valor agregado", explica.
Embora tenha margens de lucro maiores, a venda de monitores de menor preço ainda responde pela maior parte do volume produzido pela empresa em Jundiaí (SP).
"Os monitores de maior valor agregado são mais voltados aos clientes corporativos, que investem porque precisam desses equipamentos", diz ele. Mas o executivo ressalta que a estratégia da fabricante é atender diferentes nichos para garantir as vendas esse ano.
Na avaliação do analista da IDC Brasil, embora estáveis, as vendas para o mercado corporativo são um dos fatores que podem ajudar a alavancar o desempenho das fabricantes esse ano. "Há uma base grande de computadores a serem trocados pelas empresas, o que pode levar a alta nas vendas", afirma La Falce.
O analista pondera, entretanto, que esse movimento de renovação dos computadores nas corporações ainda não se confirmou. Ele cita que muitas empresas estão adiando a troca como consequência da desaceleração da economia.
A Samsung, uma das maiores do setor, tem mais da metade das vendas de monitores para computador voltados para empresas no Brasil. "O mercado corporativo é estável, mas não vai desaparecer", afirma o gerente de business to business da companhia, João Hiroshi Yazaki.
De acordo com ele, a expectativa é que nesse ano as vendas de computadores recue cerca de 20%, com a categoria de monitores acompanhando esse movimento de queda.
O executivo não revela as metas para vendas da companhia esse ano, mas acredita que o desempenho deve ficar em linha com o registrado pelo mercado como um todo.
"Estamos olhando para o potencial do monitor não ligado ao computador", cita ele. Yazaki conta que, nos últimos dois anos, a empresa viu a demanda por monitores como segunda tela para notebooks avançar, um nicho que para ele tem potencial para crescer.
Wellington La Falce, do IDC Brasil, também cita a segunda tela para notebook como uma das apostas para os próximos anos. "O mercado de reposição também é uma tendência, agora que o segmento está consolidado e a finalização digital deve continuar em alta", detalha o analista.
Ele observa que a demanda de finalização digital, termo usado para os monitores destinados a anúncios publicitários, continua em alta desde a criação da Lei Cidade Limpa.
"Esse nicho de publicidade pode movimentar as vendas de monitores, já que desde a criação da lei as empresas têm mais dificuldade para chegar até os consumidores", lembra.
Games
Para o analista, outro nicho que promete aquecer as vendas do setor, embora esteja atrelado ao poder de compra do consumidor, são os monitores para jogar videogame.
"Começamos a investir em um público mais exigente, que quer tecnologia e esse pode ser o caminho para reverter a queda de volume no segmento", revela João Hiroshi Yazakio, da Samsung. Ele afirma que a companhia quer ampliar as vendas em valor e volume e cita o segmento de games como um desses mercados.
A BenQ, concorrente da Samsung nesse nicho, investe para atender o público de games desde 2012 e ainda não viu a desaceleração da economia impactar as vendas no varejo.
"Esperávamos crescer esse ano, mas as vendas estão em linha com o ano passado", explica o gerente de produto da BenQ, André Brito.
A empresa, que importa os monitores comercializados no País, tem registrado crescimento nos últimos anos. Entre setembro e dezembro do ano passado, Brito conta que as vendas avançaram 30%.
Para evitar a retração no volume, a BenQ está investindo em publicidade nos pontos de venda, brindes e na ampliação da distribuição para as regiões Norte e Nordeste.
"O mercado de maneira geral está estagnado, mas o nicho de games ainda é crescente porque os consumidores estão adquirindo o primeiro monitor", avalia o executivo.
Veículo: Jornal DCI
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