O Brasil está passando por uma transformação que pode ser vista do "camarote" por empresários de grandes redes de varejo: o consumidor deixou de ser um súdito e passou a ser um cidadão.

O opinião é do presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, 57, que participou de Sabatina Folha na última semana. O empresário, que também é vice-presidente do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), foi entrevistado pelas colunistas Maria Cristina Frias e Mônica Bergamo e pelo repórter especial Julio Wiziack.

"Está caindo a ficha, está desaparecendo o mito do Estado Robin Hood, de soluções via Estado. O novo fiel da balança é o consumidor-cidadão-eleitor, que não é mais um alvo de caridade estatal", afirmou.

Tal movimento vai trazer uma profunda mudança, segundo Rocha, e permitirá que o país fique mais competitivo.

A despeito do recrudescimento da economia brasileira, o empresário se mostrou otimista. Disse que a Riachuelo terá, nos próximos anos, um investimento superior ao registrado em seus quase 70 anos de história, para duplicar a área de vendas que possui atualmente.

"Nossa meta é chegar a 2019 com 500 lojas e 1 milhão de metros quadrados", afirmou.

De acordo com Rocha, o varejo profissionalizado, de grandes redes, que despontou ao longo da última década, tem conseguido preservar a boa performance nos últimos meses.



Veículo: Jornal Folha de S.Paulo