A queda de 1,51% nos preços agropecuários no atacado em maio refletem a baixa das cotações das commodities agrícolas no mercado internacional, afirmou o economista da Rosenberg Associados Leonardo França Costa, ao comentar os resultados do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio. "Como não houve uma oscilação brusca de câmbio no mês, o comportamento dos preços agrícolas ficou ligado ao cenário internacional", afirmou. Ele ressaltou que já era esperado um alívio significativo dos preços dos grãos no período.

A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou nesta quinta-feira, 28, os resultados do IGP-M, que passou de alta de 1,17% em abril para 0,41%, em maio. No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou fortemente, de alta de 1,41% para avanço de 0,30%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de 0,75% para 0,68%, o Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) registrou alta de 0,45%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,65%.

A desaceleração dos preços ao consumidor, no âmbito do IGP-M, se deve aos reajustes menores de preços administrados enquanto na construção civil o alívio partiu do grupo Mão de Obra, na avaliação de França Costa. "Fiquei bastante surpreso com a variação interanual do INCC, que passou de 6,93% para 5,97%", afirmou, sobre o componente que responde por 10% do IGP-M e que foi conhecido na última terça-feira (27).

França Costa afirmou que o comportamento do IGP-M de junho depende das pressões cambiais e que, após o recuo significativo neste mês, o índice deve registrar ligeira aceleração. "Em junho, o IGP-M deve ficar entre 0,50% e 0,60%", estimou. O especialista comentou ainda que a taxa acumulada em 12 meses deve seguir em tendência de alta até o fim do ano e encerrar 2015 em 7,2%.



Veículo: Estado de Minas