Geral
02/04/2015 11:54 - Queda da indústria afeta 70% dos produtos
Índice de itens pesquisados cuja produção caiu é o maior desde 2013
Atividade do setor em fevereiro ficou 9,1% abaixo do mesmo mês de 2014, maior redução desde a crise global
A crise da indústria tem se ampliado. A produção caiu em 7 a cada 10 produtos pesquisados em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2014. O chamado índice de difusão (70,2% dos 805 itens pesquisados tiveram queda) é o maior desde 2013, quando o IBGE passou a calculá-lo.
Houve retração em 24 dos 26 setores pesquisados. A indústria caiu 9,1% em relação a fevereiro de 2014 --maior queda desde julho de 2009, em meio à crise global. Na comparação com janeiro, recuou 0,9%. Em 12 meses, acumula queda de 4,5%. O "efeito calendário", em que o Carnaval reduziu em dois dias úteis o mês de fevereiro em relação ao ano passado, tornou os dados "um pouco mais negativos".
A trajetória é "claramente declinante" e intensificada desde setembro, segundo André Macedo, gerente da pesquisa de indústria do IBGE. Houve também uma forte revisão do índice de janeiro --de alta de 2% para 0,3%.
A indústria sofre com estoques elevados, crédito mais seletivo, juros maiores, consumo enfraquecido por inflação e desemprego em alta.
ANO DIFÍCIL
"A queda de atividade da economia é clara, e a indústria ilustra essa tendência, que se intensificou neste primeiro trimestre, quando o PIB terá um resultado negativo", disse Vinícius Botelho, economista da FGV. Ele estima uma retração de até 0,5% de janeiro a março.
Com o resultado de fevereiro da indústria e a previsão de uma nova queda em março, o Bradesco projeta uma retração de 0,7%. O banco, em relatório, afirma que "ajustes em importantes cadeias, como construção e óleo e gás, deverão também limitar o desempenho da indústria neste ano".
Ou seja, os reflexos da Operação Lava Jato vão afetar o setor, que deve fechar 2015 com uma queda na faixa de 2,5% a 3%. Para Rafael Bacciotti, analista da Tendências Consultoria, a crise da indústria cada vez mais disseminada entre setores e produtos revela uma freada compatível com a recessão econômica esperada para 2014.
SEM EFEITO DO DÓLAR
Em fevereiro, chamaram a atenção especialmente os tombos de veículos (33,9%) e equipamentos de informática (33,9%) --ambos dependentes de crédito. Nem mesmo o real depreciado ajudou a indústria a vender mais para o exterior ou substituir importações, segundo Macedo, do IBGE.
Isso porque a demanda interna muito fraca se sobrepõe ao possível ganho, e é preciso ainda mais tempo para sentir o efeito, pois exportadores e importadores esperam o câmbio se estabilizar num novo patamar para fechar novos contratos. Além disso, muitas moedas se desvalorizaram, o que minimiza o ganho de competitividade em relação a outros países.
Veículo: Folha de S. Paulo
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