Geral
17/03/2015 10:15 - Melhoria da produção de tangerina é debatida em seminário
Promover o cultivo e o aprimoramento técnico no semiárido baiano é o principal objetivo do I Seminário Estadual de Tangerina Ponkan, que acontece nesta quinta-feira, dia 19, no campus do Instituto Federal Baiano (IF Baiano) de Bom Jesus da Lapa, a 796 km de Salvador
Segundo o professor Abel Rebouças São José, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a Bahia é o segundo produtor de citros do Brasil e pode ser um grande produtor de ponkan, especialmente na entressafra. O evento é um curso de extensão da Uesb, onde a citricultura (incluindo o cultivo da tangerina ponkan) é ministrada nos cursos de graduação e pós-graduação (mestrado e doutorado).
O pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura (em Cruz das Almas), Eduardo Augusto Girardi, que vai proferir palestras no seminário, explica que a safra principal da tangerina ponkan acontece entre maio e junho. Nos demais meses, a sua oferta é bastante restrita, diz.
"Bom Jesus da Lapa e região vêm ampliando o cultivo da ponkan por produzirem na entressafra, sendo a colheita agora em março. Por isso, o evento. Eles podem se tornar um novo polo", prevê o pesquisador que abordará aspectos de manejo e variedades copa e porta-enxerto de tangerinas.
Também proferem palestras representantes da Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF), Viveiro Tamafe e da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Aberto a estudantes, produtores e pesquisadores, o seminário inclui uma visita técnica a um pomar de ponkan do Tamafe, o primeiro telado de citros da Bahia.
Produção
Engenheiro agrônomo e doutor em fitotecnia, Eduardo Girardi trabalha com citros há 16 anos. Ele diz que a produtividade média de tangerina na Bahia em 2013 foi de 16.211 toneladas por hectare, contra 14 mil toneladas em 2012, segundo o IBGE. "Mas esse número pode ser ampliado pelo manejo adequado", avalia.
Engenheiro agrônomo, com mestrado e doutorado em produção vegetal, Abel Rebouças é otimista em relação ao semiárido, onde, acredita, sob condições de irrigação e manejo adequado, a produção fora de época resultará em maior rentabilidade e maior oferta ao consumidor ao longo do ano.
Características
Rebouças, que também faz palestra, ensina que, nas condições do semiárido, através de indução da floração, é possível obter colheita já a partir de dezembro. "A tangerineira ponkan pode ser consorciada com culturas de ciclo curto a médio, como mamão, maracujá e outras culturas anuais, visando reduzir os custos de formação da ponkan nos primeiros dois anos. A partir do terceiro ano, deverão ser evitados os cultivos intercalares, para evitar a concorrência com luz, água e nutrientes", explica.
Mas, além dos benefícios, é preciso estar atento aos riscos, diz Girardi. "Vou mostrar os resultados de nossos experimentos na região (do seminário), bem como dar um alerta geral sobre o huanglongbing (HLB), a mais severa doença dos citros, e outras pragas".
Fruta recebe diferentes denominações regionais
A tangerina ponkan, uma fruta cítrica de cor alaranjada e sabor adocicado, também é conhecida como laranja-mimosa, mandarina, fuxiqueira, laranja-cravo, mimosa, vergamota, clementina, bergamota ou mexerica.
As denominações regionais no Brasil são inúmeras e causam muita confusão: bergamota ou vergamota são as denominações dadas à tangerina na região Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.
Mexerica é um termo mais comum nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, especialmente em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Nestes estados faz-se distinção da mexerica (Citrus reticulata), com a tangerina ou tangerina-verdadeira (Citrus tangerine), da mesma forma que a língua inglesa (onde a mexerica é uma mandarin orange, e uma tangerina é uma tangerine).
Em alguns estados da região Nordeste é conhecida como laranja-cravo. Nos estados do Piauí e Maranhão, é conhecida também como tanja, uma redução para tangerina.
Em alguns poucos lugares, como em Curitiba e no litoral paranaense, principalmente em Paranaguá, é chamada de mimosa.
No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, qualquer qualidade de tangerina é chamada poncã.
Em Goiás e em São Paulo, a fruta é popularmente conhecida por mexerica. Ponkan ou poncã é usado para denominar uma das variedades comerciais e de casca macia e solta dos gomos.
Nutrição
Seu nome científico é Citrus reticulata e, ao que tudo indica, se originou de uma antiga espécie selvagem, nativa da Índia, China e países vizinhos, de clima subtropical e tropical úmido.
Seu suco na forma de concentrado é exportado. Além da vitamina C, é uma excelente fonte de potássio, essencial para formação do sangue e dos músculos e é rica em betacaroteno.
A membrana branca que a recobre contém grande quantidade de fibras e ajuda a combater o colesterol.
Veículo: A Tarde - BA
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