Os produtores de café do Vietnã, o maior fornecedor de grãos robusta utilizados pela Nestlé S.A., estão restringindo as vendas antes do feriado do Ano Novo Lunar a fim de obter preços mais altos com uma safra menor

Os produtores provavelmente venderam 29% da safra até o fim de janeiro, na comparação com 36% há um ano e com uma média de cinco anos de 40%, segundo a média das estimativas de 12 operadores compiladas pela Bloomberg na semana passada. A produção nos 12 meses iniciados em 1º de outubro cairá 7%, para 1,6 milhão de toneladas, na comparação com o recorde do ano anterior, mostra a pesquisa.

Safras menores no Vietnã, no Brasil e na Indonésia poderiam aumentar em 20% os futuros em Londres no segundo trimestre, para US$ 2.300,00 por tonelada, um nível registrado pela última vez em 2011, segundo o Rabobank International. O Brasil é o maior produtor de café arábica e o segundo maior produtor de robusta, seguido pela Indonésia. Em janeiro, as exportações do Vietnã foram as mais baixas para o mês em três anos.

"Os produtores rurais são muito persistentes para reter as vendas, porque eles esperam que os preços subam depois do Tet", disse Phan Hung Anh, vice-diretor da Anh Minh, com sede em Dak Lak, em referência aos feriados de 16 a 23 de fevereiro. "Eles têm um maior apoio dos bancos, que estão oferecendo mais acesso a créditos e taxas menores de juros". A Anh Minh é a maior exportadora privada por volume.

Exportações brasileiras

O café robusta fechou a US$ 1.933 na ICE Futures Europe no dia 6 de fevereiro, subindo 0,9% neste ano depois de uma alta de 14% em 2014. O café arábica fechou a US$ 1,6685 por libra em Nova York, 0,2% mais alto neste ano após um salto de cerca de 50% em 2014.

Os preços do café sofreram pressão descendente nos últimos três meses, em parte porque a desvalorização do real impulsionou as exportações, disse o Rabobank em um relatório do dia 22 de janeiro.




Veículo: DCI