Em Minas Gerais, o maior produtor de milho na primeira safra, a falta de chuvas e as temperaturas elevadas em diferentes fases de desenvolvimento da cultura, proporcionaram leve redução nos níveis de produtividade, quando comparada com a divulgação realizada no quarto levantamento

No entanto, segundo o relatório da Conab, ao relacionar com o desempenho da safra passada, é esperado forte incremento da produtividade atual, em função dos prejuízos causados de uma maneira extensiva pelo clima no ano passado, nas lavouras de milho. Ainda segundo a Conab, uma melhor avaliação dos impactos do clima nas produtividades dessa safra será melhor realizada, na medida em que a colheita do cereal for avançando.

A previsão é colher 6 milhões de toneladas de milho, volume que se alcançado será 5,3% maior. A produtividade média foi estimada em 5,9 toneladas por hectare, aumento de 13,1% frente a safra 2013/14. Ao todo, 1 milhão de hectares serão cultivados com milho primeira safra, espaço 6,9% inferior.


Feijão - A área destinada à produção de feijão, segundo os levantamentos iniciais, apresentou retração de 11%, devido ao desestímulo dos preços de mercado no período do plantio, da melhor competitividade das culturas de milho e soja e dos elevados riscos de perdas.

A área de plantio no Estado está estimada em 159,1 mil hectares. Informações preliminares da Conab apontam para uma redução da produtividade em razão da forte estiagem e temperaturas elevadas que ocorreram durante o mês de janeiro, que podem prejudicar as lavouras em maior ou menor intensidade, dependendo dos estágios de desenvolvimento das lavouras ao longo desse período. A expectativa de quebra está diretamente relacionada ao atraso no plantio, da ordem de 30 a 40 dias, em decorrência de um período chuvoso tardio.

Segundo os técnicos da Conab, o prolongado período seco poderá prejudicar, principalmente, as lavouras que foram plantadas em dezembro, mas somente após a colheita a quebra poderá ser calculada corretamente.

Em relação ao levantamento anterior, a produtividade média fica 2,4% menor, passando de 1,235 quilos por hectare para 1,206 quilos por hectare, mas permanece superior em 3,1% quando comparada com a safra passada, que também sofreu perdas em razão de estiagem prolongada. Até o momento do levantamento já foram colhidos em torno de 33% da área. A produção deve somar 191,9 mil toneladas, redução de 8,3% em relação à safra anterior.


Algodão - A produção de algodão em caroço deve recuar 6,6%, com a geração de 67,7 mil toneladas. A produtividade média foi estimada em 3,6 toneladas por hectare, alta de 3,8%. Já a área utilizada caiu 10%, totalizando 18,8 mil hectares.
As expectativas em relação à segunda safra ainda são cautelosas e a decisão do produtor dependerá das condições climáticas.

A segunda safra ainda foi definida e a decisão dos produtores dependerá do regime de chuvas. Em algumas regiões, os produtores também avaliarão a disponibilidade de água para investimentos em irrigação.  preciso acompanhar, semanalmente, as condições climáticas e se, necessário, optar por outras culturas mais resistência ao período seco.




Veículo: Diário do Comércio - MG