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06/01/2015 09:05 - Material escolar: pais iniciam busca por valor menor

Na comparação com pesquisa feita em novembro, grande parte dos artigos da lista escolar permaneceu com o mesmo preço de antes ou teve o valor reduzido

 



Livrarias lotadas de clientes são comumente encontradas em janeiro, principalmente nos últimos dias do mês. Neste ano, a situação não está diferente para os pais que não puderam se antecipar na compra de livros e materiais escolares. Mas ainda há tempo para os que querem evitar lojas abarrotadas e encontrar produtos com os mesmos valores praticados em novembro do ano passado ou até 24,8% mais baratos. Só resta ir às compras o quanto antes.

Os descontos também são atrativos para quem não pretende parcelar as compras. A reportagem percorreu na manhã de ontem cinco livrarias na Rua Major Facundo, no Centro de Fortaleza, e constatou que estão sendo ofertados descontos de até 15% para materiais escolares e de até 5% para livros comprados à vista, no débito ou no crédito em uma única parcela. Isso foi constatado pela reportagem, que havia percorrido, no dia 10 de novembro de 2014, os mesmos estabelecimentos e pesquisado preços de itens escolares. Nas visitas feitas ontem, foi verificado que grande parte dos produtos continua com os mesmos valores de antes ou estão até 24,8% mais baratos.

Maiores variações


É o caso do caderno Tilibra Mais de 10 matérias comercializado na Livraria Interativa. Em novembro, o produto era vendido por R$ 18,50. Ontem, ele estava custando R$ 13,90.

Entretanto, há itens escolares que já tiveram aumento de até 88,8% no período de quase dois meses. Essa foi a alta registrada no valor do lápis preto da marca Faber Castell vendido na Livraria Atual. Na pesquisa anterior, o produto era comercializado por R$ 0,45. Ontem, foi constatado o preço de R$ 0,85 para o lápis.

Livros mais caros

As editoras repassaram aos estabelecimentos livros didáticos com aumento de preço entre 6% e 10% no mês de dezembro, e o reajuste já está sendo repassado ao consumidor desde o mês passado, de acordo com o secretário diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Ceará (Sindilivros), Clayton Lima.

"A maioria das editoras alterara suas tabelas no princípio de dezembro. Como os distribuidores locais se abastecem depois que as listas saem, geralmente no final de novembro, significa que o abastecimento já aconteceu com novos preços", afirma. O secretário afirma que os pais podem estar encontrando livros por valores menos acessíveis nesta época porque as lojas costumam oferecer descontos menores do que os que são ofertados no mês anterior.

"As livrarias no mês de dezembro têm dois objetivos: capitalizar-se para pagar o décimo terceiro salário e se abastecer. Por isso, o livreiro está disposto a conceder maiores descontos no pagamento à vista", defende.

Antecipação

"Fazer as compras em dezembro geralmente sai mais barato", avalia Ana Paula, 33. A dona de casa mora em Camocim e aproveitou a viagem à Capital para adquirir alguns itens escolares que faltam para a filha, como cadernos do desenho Frozen, já que fez a maioria das compras escolares no mês passado.

Apesar de existirem pessoas que já se anteciparam, a tendência ainda é de que a maioria deixe para comparecer às livrarias nas próximas semanas, com a proximidade do início do ano letivo. "Muita gente já se antecipou e fez as compras em dezembro para evitar a muvuca, mas a maioria deixa para última hora mesmo, mais para o final de janeiro, pois agora ainda estão retornando das festas de fim de ano", avalia a gerente da Livraria Atual, Germana Marques.

"Ano passado, eu deixei para vir mais tarde (no fim de janeiro) e a gente só faltava não sair da loja de tanta gente. Foi um inferno. Fora que, se a gente deixar para última hora, tem mais chance de encontrar livros (da lista escolar) faltando", lamenta a dona de casa Joelma de Sousa, de 31 anos.

Protagonista

Satisfação ao adiantar as compras


Satisfação foi o que sentiu a radialista Jeanny Costa, de 34 anos, ao fazer as compras da lista de materiais escolares dos dois filhos ontem, frente ao sufoco que sentiu nos anos anteriores, ao deixar para ir às livrarias no final de janeiro. "Eu particularmente costumava deixar para última hora. Neste ano, eu resolvi me antecipar para ver se tinha alguma melhora no atendimento e realmente vale à pena", avalia.



Veículo: Diário do Nordeste

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