Estimativa da Conab é que o Estado, no ciclo 2014/15, colherá entre 11,7 mi/t e 12 mi/t

A segunda estimativa para a safra 2014/15 de grãos prevê que Minas Gerais colherá entre 11,7 milhões de toneladas e 12 milhões de toneladas, aumento que varia entre 0,6% e 3,4% em relação à produção anterior, quando foram contabilizadas 11,6 milhões de toneladas. No Estado, o destaque é a cultura da soja, que será ampliada em até 15,7%, já que a maior liquidez e os preços mais rentáveis estimularam o aumento do plantio da oleaginosa. Os dados foram divulgados ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Assim como na safra 2013/14, um dos grandes desafios para a produção será a condição climática. Em Minas Gerais, as chuvas ainda estão irregulares, fazendo com que o volume continue abaixo da média esperada para o período, o que atrasou a semeadura dos grãos.

A área destinada ao cultivo da safra de grãos deve apresentar queda entre 0,2% e 2,9%, com o uso de até 3,22 milhões de hectares. Em compensação, é esperada recuperação da produtividade, que deve alcançar, no máximo, 3,7 toneladas por hectare, alta de 3,6%, ante o volume colhido no ano anterior.

O levantamento da Conab para o cultivo de soja indica aumento significativo da produção, que ocorrerá sobre a cultura do milho. A produção pode alcançar até 3,84 milhões de toneladas, contra 3,3 milhões de toneladas colhidas no período produtivo anterior, o que representaria uma alta de 15,7%.

A área plantada de soja no Estado para a safra 2014/15 deve ficar de 3% a 6% superior que a utilizada na safra 2013/2014, com a colheita de 2,93 toneladas por hectare, o que corresponde a um acréscimo de 9,2% em termos de produtividade. Até o final de outubro, devido ao baixo índice de chuvas, o plantio da soja ainda era pequeno, o que deve ser acelerado em novembro.

Migração - Os preços da soja mais elevados que os do milho, a demanda crescente no mercado mundial e a maior liquidez motivaram os produtores a migrar do milho para a oleaginosa. Outro fator que também é observado no país é que os produtores, que vêm optando pelo plantio da soja, estão ampliando o uso de variedades precoces, para viabilizar maior plantio do milho segunda safra, após a colheita da oleaginosa.

Ao contrário da soja, a produção de milho na primeira safra deve variar entre 5,4 milhões e 5,6 milhões de toneladas, representando recuo entre 2,5% e 6%. Conforme a Conab, o produtor mineiro deve utilizar uma área de 5% a 8,4% menor para a cultura, alcançando no máximo 1,04 milhão de hectares. A produtividade deve crescer 2,7%, rendendo 5,3 toneladas por hectare. Na safra anterior, a seca prejudicou o rendimento da cultura. Minas é o maior produtor de milho na primeira safra.

Para a segunda safra, que é favorecida pelo uso das sementes precoces de soja na safra de verão, a estimativa é de um crescimento de 5,3% na colheita de milho, que deve encerrar o período com um volume de 1,2 milhão de toneladas.


Algodão - Queda também é esperada na produção de algodão em caroço. Minas Gerais deve colher entre 66 mil e 72 mil toneladas do produto, retração que pode variar entre 0,4% e 8,8%. A área destinada ao cultivo ficará de 4% a 12% menor, alcançando no máximo 20,1 mil hectares.

Já produção de feijão 1ª safra foi estimada em 161,3 mil de toneladas, o que representará queda de até 27% ante a safra anterior. Na mesma comparação, a área plantada vai recuar no máximo 16%, com a utilização de 159 mil hectares e a produtividade da cultura deve retrair 13,3%, com rendimento médio de 1 tonelada por hectare. Na segunda safra é esperado aumento de 2,4% em volume, 168 mil toneladas, que serão produzidos em 121 mil hectares.





Veículo: Diário do Comércio - MG