Geral
10/11/2014 08:39 - Comércio do Pará deve contratar até 40% dos temporários
Com a chegada das festas de final de ano, o comércio, de um modo geral, seja nas ruas ou dentro dos shoppings centers, começa a ficar cheio de pessoas, mas não só de consumidores. A lotação aumenta também pelas contratações realizadas em todos os segmentos varejistas para dar conta da procura pelos presentes de Natal. De acordo com o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belém (Sindilojas), só na capital paraense, até 5,5 mil pessoas podem passar o final do ano empregados temporariamente, e desses, cerca de 30% a 40% podem acabar vencendo o contrato de experiência e ganhando um emprego por tempo indeterminado.
“Só não dá para falar de lucro, de valores ainda, porque é um chute, mas o aumento é real, sobre isso não há dúvida, mas mensurar, só depois de passada essa época mesmo. Sem dúvida teremos um bom fim de ano no meio do varejo porque, independente de como tenha sido o ano, a expectativa é de 10% de aumento no volume das vendas em relação ao ano passado, e de uma circulação maior e mais rápida de dinheiro no meio das vendas, principalmente a partir do pagamento do 13º”, explica o presidente do Sindicato, Jorge Colares. Confira a entrevista:
P: É sempre certa a média de novas contratações para essa época no comércio ou depende do rendimento de cada ano?
R: Não existe um percentual porque cada loja é independente e faz a política que quer, e isso também não depende dos números ou resultados daquele ano. A base é mesmo a expectativa de vendas da loja no mês de dezembro. Dentro dessa expectativa você vê quais são as necessidades. Aí tem que ver o que aquela loja quer, se quer só vender mais um pouco ou se quer algo mais agressivo na campanha, se quer uma publicidade forte, colocar no jornal, enfim, depende muito do que se está vendendo. A intensificação de vendas no final do ano é uma loteria: compra mais, investe mais, pode lucrar mais. Mas a concorrência pode derrubar. Pode-se investir em uma estratégia mais eficaz, enfim, ou também a concorrência pode ficar quieta e o seu negócio lucrar o esperado ou até mais. Não é algo matemático.
P: Existe algum segmento que contrate mais essa época? Automobilístico, eletrodomésticos, magazine...?
R: É o varejinho e o varejão que demandam mais nessa época. Supermercados, roupas, eletrodomésticos, são esses segmentos de sempre que contratam mais.
P: E as contratações já começaram ou é só mesmo em dezembro?
R: Os magazines, como tem uma organização maior, precisam oferecer treinamento, tem uma burocracia. Eles já começaram a contratar e até mesmo a treinar para que comece a atuar já esse mês, com todo o preparo.
P: De um modo geral, como são esses contratos? É de prestação de serviços, carteira assinada...?
R: São contratos de trabalho como quaisquer outros, totalmente legais, com tempo de duração pré-estabelecido de 90 dias ou contrato de experiência.
P: É comum que esses contratados sejam efetivados no início do próximo ano ou, em regra geral, eles estão ali só para aquele período mais movimentado?
R: Não é comum, mas há uma incidência muito grande de uns tempos para cá, de 30% a 40% desses contratados por causa das vendas de final de ano acabam ficando na empresa, ou porque abriu uma vaga, ou o contratante gostou, ou por ter tido um desempenho fora da média, ou por substituição, enfim.
P: Pelo menos em relação a 2013, dá para apostar em um número de contratações para o Natal de 2014?
R: É uma estimativa curiosa que se faz de acordo com o comportamento dos anos anteriores, crescimento da cidade, da população, então fazemos uma estimativa. Mas só dá para medir depois que o período acaba, depois que temos os dados do Ministério do Trabalho. Antes disso é estimativa, especulação com base no comportamento dos consumidores. Então eu, enquanto presidente do Sindlojas fiz uns cálculos e prevejo algo em torno de cinco mil, 5,5 mil. Mas o [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos] Dieese está apostando em oito mil, e nós concordamos porque eu só levei em consideração Belém, enquanto que eles fazem as contas para toda a Região Metropolitana de Belém.
P: E em volume de compras, em circulação de dinheiro mesmo, já se pode falar ou especular?
R: O aumento é real, porque se não fosse, não existia essa movimentação de contratações no comércio, mas falar em valores é um chute. Ainda é o período que mais de vende, e isso vale para qualquer tipo de produto. Porque Natal é daqui a mais de um mês, mas a avó já está comprando, a tia, a mãe, diferente de outras épocas em que o mercado superaquece por uma semana no máximo, como no Dia das Mães, por exemplo.
P: E como fica a segurança nessa época? É preciso pedir reforço?
R: É de praxe todos os anos solicitar um apoio extra e somos atendidos. Às vezes em maior volume, às vezes em menor volume, às vezes deixa muito a desejar, mas o apoio sempre está lá, em especial, nos últimos dias, bem próximo do dia de Natal. Vão aumentando o efetivo gradativamente nesses últimos dias, de acordo com o aumento do movimento e também da malandragem nessas áreas. Nosso contato é diretamente com a Polícia Militar.
P: Alguma área ganha esse reforço de segurança em número maior que outras?
R: Esse ano estamos preferindo dar uma ênfase maior na permanência da segurança depois das 18h, especialmente no bairro do Comércio, até porque nesse período, as lojas não fecham às seis da tarde, elas ficam até sete, oito da noite, momento em que a movimentação por ali vai ficando mais fraca de qualquer forma. Antes os PMs iam embora às 18h, rigorosamente. E os funcionários ficavam fechando a loja e quando saíam, eram assaltados, mesmo saindo em turma. Nem precisa chegar oito da manhã, pode chegar dez, contanto que fique até tudo fechar, porque os funcionários não podem só fechar, eles têm que deixar arrumado para o outro dia. Todos os anos eu sinto a reclamação dos comerciários em relação a essa permanência da PM, então estamos indo por esse caminho agora.
P: As vendas desse ano devem crescer mais do que no ano passado?
R: O Natal será semelhante aos demais, não há muito o que esperar de diferente. O pagamento do 13º salário inegavelmente faz o dinheiro circular mais e mais rápido dentro do comércio, então as vendas crescem bem, sem dúvida. A gente está pensando, considerando ano eleitoral e Copa do Mundo, em que o pessoal já gastou bastante. Omercado automobilístico está investindo pesado na agressividade, e raciocinando como lojista de varejo, imagino que o aumento nas vendas seja 10% superior ao do ano passado. Assim corrigimos a inflação, que está em torno de 7% e tem um crescimento real de 3%, que significa bastante coisa.
Veículo: Diário do Pará
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