O mercado de milho brasileiro teve um mês de agosto travado, com o produtor retendo oferta, aguardando por uma situação mais vantajosa para negociar. Entretanto, esse momento vantajoso não ocorreu. Segundo o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Lopes Iglesias, os leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) mexeram com o mercado sensivelmente. "Houve muita expectativa e especulação".

No entanto, diz ele, a tendência é de queda para as cotações, diante da colheita iminente de milho da safra dos Estados Unidos e do bom volume de milho safrinha brasileiro que ainda deve ser negociado.

As exportações de milho do Brasil renderam US$ 403,8 milhões até a quarta semana de agosto (16 dias úteis), com média diária de US$ 25,2 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país chegou a 2,079 milhões de toneladas, com média diária de 129,9 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 194,2.

Entre julho e agosto, houve uma alta de 389,5% no valor médio exportado, uma valorização de 405,1% na quantidade e uma decréscimo de 3,1% no preço médio. Na relação entre agosto de 2014 e o mesmo mês de 2013, houve baixa de 21,5% no valor total exportado, recuo de 6,2% na quantidade total e desvalorização de 16,2% no preço médio.

A média mensal de preços de agosto no porto de Paranaguá foi de R$ 25,05. No Porto de Santos o preço foi de R$ 22,73.

No estado do Paraná, a cotação em Cascavel ficou a R$ 20,89. Em São Paulo, preço a R$ 20,71, na Mogiana. Em Campinas CIF, preço a R$ 23,53. No Rio Grande do Sul, preço a R$ 25,24, em Erechim. Em Minas Gerais, o preço em Uberlândia ficou em R$ 21. Em Goiás, preço a R$ 17,37, em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço a R$ 15, em Rondonópolis.



Veículo: Diário do Comércio - MG