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01/09/2014 11:55 - Com moinho, Coamo eleva sua aposta na verticalização

A paranaense Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina, dará mais um passo no processo de verticalização dos negócios com a inauguração de seu segundo moinho de trigo, em janeiro de 2015. Situado em Campo Mourão (PR), onde está a sede da Coamo, a planta absorveu investimentos de R$ 100 milhões e reforça a estratégia de caminhar em direção ao varejo. "As cooperativas verticalizadas estão em melhor situação", diz o diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.

O executivo explica que a nova unidade terá capacidade para processar cerca de 1,5 milhão de toneladas de trigo anuais, mais que o dobro do primeiro moinho construído pela cooperativa, há 40 anos. O negócio conta com um portfólio de farinhas para diversos usos, como massas e panificação. Há também farinha com as marcas da cooperativa para venda no varejo.

Na última década, a Coamo investiu R$ 300 milhões em verticalização e, atualmente, processa cerca de 40% de todo o volume que movimenta de grãos e fibras. "Mas acreditamos que entre 50% e 60% seria um percentual ideal", afirma o diretor-presidente. O faturamento da cooperativa com produtos industrializados somou R$ 726,43 milhões em 2013, quase 10% da receita total de R$ 8,18 bilhões.

A tendência de rumar para as gôndolas dos supermercados ganhou força na última década no Paraná, conforme Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Ocepar, entidade que representa as cooperativas do Estado. "A Coamo é uma das mais avançadas nesse processo, mas outras, como a Cooperativa Agrária e a Cocamar também investiram no processamento de grãos", diz. Há também as que optaram por se dedicar à industrialização de carnes, especialmente suínos e frangos, caso de Frimesa, Lar, Coopavel e Copacol.

A estimativa da Ocepar é que as cooperativas paranaenses tenham aportado uma média R$ 1 bilhão por ano em industrialização e estocagem nos últimos sete anos. "Em torno de 60% desse valor ficou com industrialização, e os 40% restantes com armazenagem", afirma Turra. Em 2013, contudo, esse número ficou acima de R$ 2 bilhões e a previsão é de que sejam investidos mais de R$ 3 bilhões até 2015.

O novo moinho de trigo da Coamo se encaixa nessa conta. A cooperativa já trabalha no ramo de processados de soja, com óleos, gordura hidrogenada e margarinas fabricados em suas unidades de Campo Mourão e Paranaguá (PR), cujas capacidades de esmagamento alcançam 3 mil e 2 mil toneladas diárias, respectivamente. Ao todo, a cooperativa industrializou 1,5 milhão de toneladas de soja na última safra 2013/14. "Há planos para uma terceira processadora de soja, mas ainda não temos nada decidido", adianta Gallassini.

Na safra 2014/15, que começará a ser semeada em meados de setembro, a Coamo projeta uma alta de 8,4% na área plantada com soja em sua região de atuação, para 2,3 milhões de hectares. Por outro lado, a previsão é que o plantio de milho recue 9% na primeira safra, para 151 mil hectares. Na segunda safra, que será plantada no início de 2015, a expectativa também é de uma diminuição na área de milho, que deve ceder espaço ao trigo.

Além da industrialização de soja e trigo, a Coamo tem uma torrefadora de café em Campo Mourão, onde processa 100% do volume que recebe, com uma oferta de 2,86 mil toneladas do grão beneficiado. Mantém ainda duas fiações de algodão, em Campo Mourão e Goioerê, que industrializam cerca de 10 mil toneladas de pluma.

De modo geral, a margem de comercialização de cereais varia de 3% a 4% do valor do produto, segundo uma fonte desse segmento ouvida pelo Valor. Mas, quando passa a industrializar, a cooperativa ganha competitividade, o que se reflete na melhor remuneração dos cooperados. "No caso de uma planta que industrializa leite, por exemplo, ganha o produtor de leite e o de milho, que produziu a matéria-prima usada na fábrica de ração da cooperativa", diz.

Ainda segundo a mesma fonte, a tendência é que projetos ligados ao processamento de suínos ganhem força entre as cooperativas do Paraná nos próximos anos, principalmente com a abertura de mercados para exportação. "Não exportamos derivados de produção vegetal, diferentemente da proteína animal, por isso este setor deve continuar a atrair mais atenção", prevê.




Veículo: Valor Econômico

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