Campanha com premiações para aquecer negócios no varejo ocorre no período de 1 a 30 de setembro



Marcado pela ausência de datas comemorativas, o mês de setembro vai ser reforçado por uma série de programações idealizadas pelo Sindilojas, em Porto Alegre. De 15 a 17 de setembro, 60 expositores participam da 2º Feira Brasileira do Varejo (Febravar) na Capital. O evento, que acontece no Centro de Eventos do BarraShoppingSul, também contará com palestras e debates comandados por especialistas como a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano e o escritor norte-americano, perito em ciência do consumo Paco Underhill.

Em dois mil metros quadrados, o público participante encontrará as principais novidades em tecnologias, serviços  e-commerce, automação e softwares voltado para o varejo. O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, identifica potencial para que a Febravar se torne, em curto prazo, um dos maiores eventos nacionais do setor.  Já na segunda edição, entre os participantes, estarão representados quase todos os estados brasileiros, com uma adesão massiva de lojistas do Interior do Estado.  “Sentimos que há uma carência de eventos nessa área. São dois objetivos, oferecer uma oportunidade de debater as melhores práticas e tecnologias e fomentar o turismo de negócios na Capital”, comenta.

Outra aposta para aquecer o consumo durante a entressafra de datas comemorativas é a sexta edição do projeto Vale Mais. A promoção, responsável por incrementar em 15% o consumo no mês de setembro em 2013, vai distribuir R$ 350 mil, entre o dia 1 e 30 do próximo mês, em cupons de compras sorteados.

A cada R$ 50,00 em compras, os clientes recebem cupons, disponíveis em duas mil lojas participantes. Ao todo serão distribuídos 50 vales compras no valor de R$ 50 mil e 50 bonificações de R$ 2 mil aos vendedores responsáveis pelos cupons sorteados. Kruse destaca que, em seis anos, a promoção já pagou mais de R$ 1,8 milhão em prêmios.
Kruse reforça orientação sobre imposto de fronteira

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, aproveitou a visita ao Jornal do Comércio para reiterar a posição da entidade a respeito de uma liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), no dia 14 de agosto. A decisão, que ainda precisa ser julgada em primeira instância, permite que os 2,6 mil associados da entidade suspendam os pagamentos referentes ao Diferencial de Alíquota (Difa) de ICMS — o chamado imposto de fronteira. A decisão é válida para a compra de produtos oriundos de operações interestaduais realizadas a partir de 14 de janeiro de 2014. Kruse lembra que apenas os associados do Sindilojas estão protegidos pela liminar. Segundo o dirigente, os associados podem proceder de duas maneiras: não pagar e reservar provisionamentos para o caso de um entendimento diferente no julgamento em primeiro grau, ou realizar depósitos judiciais dos valores correspondentes.

“Tentamos uma série de negociações que não evoluem. Existe uma lei aprovada pela Assembleia e que não é cumprida. Por isso, entramos com uma liminar que foi deferida e que permite que o nosso lojista suspenda os pagamentos. É o que a maioria já está fazendo”, afirma.

Para o presidente do Sindilojas, o assunto tem gerado algumas polêmicas, pois além da maioria dos associados da entidade da Capital, uma série de lojistas do Interior do Estado optou pelos depósitos judiciais. “O que acontece é que os lojistas do Interior também optaram por não pagar e muitos deles estão entrando na dívida ativa do Estado e, em janeiro, poderão sair do enquadramento do Simples (regime diferenciado de tributação). Neste caso, trata-se de outro processo, pois a liminar é válida apenas para os associados do Sindilojas. Eu ainda acredito que a resolução desta questão possa ser obtida via negociações que estabeleçam o cumprimento de uma legislação já aprovada pela Assembleia Legislativa”, defende.
Confiança do comércio melhora em agosto após nove meses de queda

A confiança dos empresários do comércio registrou melhora após nove meses de queda, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Depois de ter descido ao piso histórico em julho, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2% em agosto ante o mês anterior.

“Não foi nada que tenha acontecido, foi o que os empresários esperam que aconteça. O que melhorou foram as expectativas”, apontou o economista Fábio Bentes, da Divisão Econômica da CNC. O resultado de agosto foi a primeira taxa positiva desde outubro do ano passado. A melhora foi impulsionada pelo avanço das expectativas (+4,3% sobre julho) e pelo aumento nas intenções de investimentos (+0,9%).

Segundo Bentes, os empresários veem com bons olhos as sucessivas quedas de preços de produtos no atacado, que devem se transmitir para o varejo, o que estimularia as vendas. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) de julho, divulgado na quarta-feira passada, pelo IBGE, apontou deflação pelo quinto mês consecutivo.

“Como a transmissão da variação de preços não é imediata, demora um tempo ainda para esse efeito se esgotar no varejo. Temos pela frente uns meses de alívio na inflação. E o empresário sabe que o preço é a variável mais importante para as vendas no varejo”, explicou o economista da CNC. A percepção das condições correntes, entretanto, voltou a recuar em agosto ante julho, com queda de 0,4%. A maior retração nesse subíndice deu-se na avaliação das condições correntes do setor comercial (-2,3%).

Segundo a CNC, o resultado positivo de agosto não sinaliza ainda uma tendência de retomada no nível de confiança, mas é possível esperar um segundo semestre melhor do que o primeiro no setor. “Os preços vão ajudar. O comércio não vai vender 6% a mais neste ano, mas talvez cresça 4,5% ou 4%”, concluiu Bentes. Apesar da ligeira melhora, o indicador de confiança do comércio ainda está em patamar bem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação com agosto de 2013, o Icec teve queda de 7,2%, com recuo em todos os seus componentes.



Veículo: Jornal do Comércio - RS