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25/08/2014 11:23 - Steviafarma vai produzir no Paraguai

A brasileira Stevia Soul (Steviafarma), que produz adoçante natural à base de estévia (Stevia rebaudiana), assinou um acordo com o governo do Paraguai para levar parte da produção da empresa ao país em troca de isenção de impostos e financiamento na assistência técnica das lavouras.

A intenção inicial da empresa era ampliar a área de estévia dos atuais 60 hectares para 160 hectares em Maringá (PR), onde está instalada desde a década de 1980. Mas, segundo Fernando Meneguetti, vice-presidente da empresa, a ausência de políticas públicas do governo brasileiro para o setor levou a uma mudança de planos. Ele diz que, se nada for feito, a empresa deixará o Brasil de vez, fechando até a fábrica de produtos acabados.

"É quase impossível para nós continuarmos concorrendo com os produtores chineses com a atual carga de impostos que temos no Brasil. Na China, os produtores de estévia são 100% subsidiados", afirma Meneguetti.

Do governo paraguaio, a Steviafarma recebeu isenção fiscal por um período não informado e apoio à comercialização do produto final. "O Ministério da Agricultura paraguaio irá prestar assistência técnica especializada à companhia, e o setor privado garantirá a compra e a comercialização dos cristais e produtos à base de estévia", afirma o executivo.

As lavouras do país vizinho serão gerenciadas por pequenos produtores locais e somarão, inicialmente, 100 hectares. No Brasil, a empresa tem atualmente 60 hectares, que também são tocados por pequenos produtores. Há quatro anos, essa área era de 200 hectares e em 1988, a empresa chegou a ter 300 hectares em Maringá, mas os negócios foram minguando com o aumento da concorrência chinesa.

"Depois de um período grande de retração nos negócios causado pela difícil concorrência com produtores chineses, acreditamos que o mercado está crescendo e há espaço para nós com a abertura do mercado europeu e investimento em plantações orgânicas", diz Fernando Meneguetti. A intenção da empresa é dobrar a área agriculturável, aqui ou no país vizinho, até 2016.

Num esforço para diminuir a carga tributária no Brasil, a companhia fez uma reunião em abril com a Confederação Nacional Agricultura (CNA) e conseguiu apoio para apresentar ao governo federal um projeto de redução do PIS/Cofins para os produtores de folha de glicosídeo de esteviol de 21,25% para 12%. No fim do mês, haverá reunião com representantes da Receita Federal, em Brasília, para discutir o tema. "Não posso dar mais detalhes, mas estamos andando com essa solicitação", diz Meneguetti.

"Temos dois anos para decidir o que fazer no Brasil se não conseguirmos incentivo fiscal. E o grande sonho paraguaio é construirmos uma fábrica lá, e isso não está fora dos nossos planos". Para migrar a produção de adoçantes para o Paraguai seriam necessários investimentos entre US$ 4 milhões e US$ 5 milhões. "A fábrica provavelmente levaria dois anos para ficar pronta, o que significa dizer que em 2018 estaríamos operando no Paraguai. Mas isso depende do que o governo brasileiro vai fazer", ameaça o executivo.

A fábrica de Maringá emprega 70 pessoas e processa 100 toneladas de cristal provenientes da Stevia rebaudiana por ano. Essa produção vira adoçante para o mercado interno e também é exportada em cristais para Estados Unidos e países da América do Sul como Peru, Venezuela, Equador e o próprio Paraguai. Recentemente, a companhia também começou a vender para Espanha, França e China. Meneguetti não divulga números da empresa, mas diz que a ida da produção para o Paraguai pode, no médio prazo, elevar as exportações para os Estados Unidos. "Há mais facilidade de entrar nos EUA estando em países pequenos do que em 'grandes concorrentes' como o Brasil", diz ele.

O arbusto de Stevia rebaudiana é semiperene - rebrota após o corte por seis anos consecutivos. Depois é preciso fazer o replantio. A cada 90 dias faz-se a extração das folhas, que secam no sol por seis a sete horas e depois são processadas para fazer um xarope usado nos adoçantes de mesa e na produção de refrigerantes e outros produtos. No inverno, a planta fica em dormência e são produzidas as sementes que serão utilizadas no próximo ciclo. Curiosamente de origem paraguaia, o arbusto não é muito exigente com o solo e vai bem em lugares argilosos e arenosos.

Segundo a consultoria Zenith International do Reino Unido, em 2013 4,1 mil toneladas de estévia foram comercializadas no mundo, movimentando US$ 304 milhões. Essa mesma consultoria estima um consumo de 6,25 mil toneladas em 2016, o que deve movimentar US$ 490 milhões.



Veículo: Valor Econômico

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